Formado em Administração, com MBA em Finanças pelo IBMEC e pós-MBA em Inteligência de Mercado pela FGV.

Como ganhar da inflação e proteger seus investimentos em 2022?

Preparar-se para o próximo ano significa distribuir recursos em diferentes aplicações que, em conjunto, sejam capazes de evitar a perda do poder de compra e ainda buscar algum rendimento

Vitória
Publicado em 27/12/2021 às 13h54

Fim de 2021. Se fizéssemos um flashback do ano teríamos as seguintes características: juros altospressão inflacionáriarecessão batendo à porta e, para coroar tudo, eleições. Bolas de cristal vêm com um defeito de fábrica: elas são ruins quando o assunto é investimentos. Por isso, a recomendação sempre será pensar no longo prazo.

Preparar-se para 2022, nesse contexto, significa distribuir seus recursos em diferentes aplicações que, em conjunto, sejam capazes de evitar a perda do poder de compra e ainda buscar algum rendimento acima da inflação.

É importante dividir a carteira em grupos de aplicações proporcionais. Com o cenário para 2022 de certa forma diagnosticado, os títulos de renda fixa e de fácil liquidez passam a ser cada vez mais relevantes, principalmente no caso de investidores com incertezas pessoais no horizonte, como instabilidade no emprego ou perspectivas de aumento nos gastos por questões pessoais ou familiares.

Entre as opções de renda fixa, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) pós-fixado funciona como um porto seguro neste momento, pois oferece possibilidade de liquidez diária e proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para aplicações de até R$ 250 mil, com rendimento igual ou superior ao da taxa do CDI (Certificado de Depósitos Interbancários), que tem como referência os juros.

Em um contexto de inflação em alta, o viés mais conservador atrelado à elevação da Selic (taxa básica de juros) tende a trazer alguma proteção ao dinheiro.

Índice de Ambiente de Negócios da Findes pode ser usado no planejamento dos gestores públicos
Pensar em quais ativos aplicar é uma forma de se organizar para 2022. Crédito: Pixabay

Ainda considerando que a alta no custo de vida pode persistir, outra parte da carteira pode ser depositada em títulos atrelados à inflação. O Tesouro IPCA, por exemplo, que acompanha o índice inflacionário oficial do país, é a opção mais conservadora.

Ir além das fronteiras domésticas sem sair do Brasil também pode ser uma oportunidade. No caso da aplicação no mercado externo, desde o ano passado, o acesso é facilitado ao investidor comum pelos BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são recibos emitidos por instituições financeiras brasileiras com rendimento vinculado ao de ações de empresas estrangeiras.

Com o dólar ameaçando permanecer em alta, assim como ocorre com os fundos cambiais, o investimento em BDR funciona como uma proteção à flutuação da moeda americana.

Eis algumas formas de ganhar da inflação e, concomitantemente, proteger seu patrimônio. Sempre bom lembrar que, antes de decidir dentre as opções comentadas, é fundamental dividir seus objetivos com um assessor de investimentos. Aqui não há recomendações. Contudo, o diálogo junto ao assessor pode ser bem frutífero às suas conquistas.

Até a próxima!

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