No atual cenário, é importante fazer um flashback do que aconteceu no mercado financeiro em setembro e projetarmos o mês de outubro. O primeiro ponto de destaque refere-se à inflação atual como um fenômeno global.
Visto o que ocorreu no mês de setembro, vamos presenciar no mês de outubro a continuidade do aperto monetário em vários Bancos Centrais (BC) no mundo. Quase a metade dos BCs de países desenvolvidos, por exemplo, subiram as taxas de juros em pelo menos 1,25%.
Justamente pela elevada inflação, a economia do Reino Unido seguirá frágil. Soma-se a isso o anúncio de um novo programa fiscal de corte de impostos e aumento de gastos de magnitude superior a 10% do PIB pelos próximos dois anos. A resultante é a depreciação da libra e a abertura nos juros das gilts (títulos do governo britânico) contida por um programa emergencial de compras do Bank of England (BoE).
Outro segmento onde o aperto das condições financeiras fez-se sentir foi nos spreads de crédito de bancos europeus. Este é um tema recorrente, que ressurge sempre quando as condições de liquidez sofrem deterioração, como no presente momento.
Na China, a perspectiva prossegue apontando para crescimento reduzido da atividade nos próximos trimestres.
Pelo lado da moeda, o dólar segue em trajetória de elevação e se aproxima de recordes históricos. Os ativos brasileiros seguiram com bom desempenho relativo, refletindo o bom momento da economia do país.
Apesar da incerteza política quanto à disputa do 2º turno presidencial, a composição do Congresso brasileiro tornou-se eminentemente de centro-direita, com perfil conservador. Se comparado a outros países, o Brasil está em uma situação bem mais favorável, por conta do cenário fiscal, queda da inflação e juros altos.
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