A situação econômica mudou radicalmente ao longo de 2022. No futuro, é bastante provável que as três décadas entre 1990 e 2020 sejam lembradas como uma época de prosperidade, em que ganhar dinheiro era fácil. Bastava ter uma carteira distribuída entre ações e títulos longos.
Nos momentos de crise, quando a bolsa caía por qualquer motivo, era hora de comprar mais. Sempre havia muito dinheiro circulando para garantir a demanda por investimentos. É óbvio que houve percalços, como as crises dos países emergentes nos anos 1990 (México, Ásia, Rússia, Argentina e Brasil, só para citar as maiores) e o Subprime de 2008. No entanto, quem sobreviveu a esses trancos saiu dos problemas com mais dinheiro do que quando havia entrado.
Veio a pandemia e, com ela, a interrupção das cadeias globais de suprimentos e inflação global devido à expansão monetária. Os políticos eleitos no fim desse período estavam mais inclinados a atitudes protecionistas. Não por acaso, o slogan de campanha de Donald Trump em 2016 foi “América em primeiro lugar” (America First).
Assim, nos aproximamos de 2023 em um cenário radicalmente diferente do passado recente. Além disso, a confiança dos investidores não é mais dada como garantida. E agora? O que fazer com seu dinheiro de maneira a garantir a 'Black Friday' de investimentos do ano que vem?
É preciso ter em mente que acabaram as apostas óbvias e as rentabilidades garantidas. A estratégia simplista de comprar ações e alguns títulos públicos de longo prazo indexados à inflação para ter sucesso no longo prazo perdeu bastante de sua eficácia.
Ao contrário da “vida simples” do passado, o investidor terá de conviver com um cenário incerto e com correções e alterações frequentes em sua estratégia.
Será preciso escolher empresas capazes de enfrentar os novos desafios e cujas cotações tragam possibilidades de ganho. E, principalmente, será preciso entender que a fase de ganhar dinheiro automaticamente no mercado ficou para trás.
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