Pelo quinto mês consecutivo, a Bolsa brasileira fechou no negativo. No mês de novembro, a retração foi de 1,5%, acumulando 19,6% de queda nos últimos cinco meses.
No ano, o resultado do mercado de renda variável do país está entre os piores do mundo. Os motivos? Uma tempestade perfeita derivada de inflação elevada, aumento da taxa de juros que impacta diretamente as projeções de crescimento para 2022, revisão do teto de gastos e um cenário eleitoral polarizado e incerto.
Do outro lado, a 3ª temporada de resultados das empresas listadas em bolsa mostrou um cenário otimista. Mais da metade das empresas que compõe o índice Ibovespa reportaram lucros operacionais acima do esperado.
Uma maneira simples, mas não suficiente de buscar entender se um ativo está “barato” ou “caro” é analise a relação Preço\Lucro (P\L). Atualmente o índice negocia com uma relação P/L de aproximadamente 7,6x, um desconto de quase 30% em relação à sua média histórica de 11,2x.
Poucas vezes o índice negociou com desconto tão elevado e, analisando pelo retrovisor, o investidor oportunista e paciente transformou momentos “caóticos” como esse em ganhos, e aqui chamo a atenção para ganhos como sinônimo de ganhos de longo prazo! Porém, quando tiramos commodities e energia dessa análise a relação se encontra bem próxima da média histórica. Portanto, seletividade!
Anos eleitorais são historicamente voláteis para bolsa e o cenário macroeconômico continuará sendo desafiador. Do outro lado, no fim do dia o investidor é sócio das empresas que detém ações, e nesse momento, uma parte relevante delas está vivendo um excelente momento, com baixo endividamento, caixas robustos e lucros crescentes. Para o otimista, o copo está meio cheio e o pessimismo já está no preço.
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