Todos nós carregamos inúmeros objetivos e necessidades que demandam dinheiro. Não importa o prazo – se daqui a um, cinco ou dez anos – esse cenário sempre existirá e fará parte da nossa vida.
Para conquistar uma vida financeira saudável, em que conseguimos cobrir nossas necessidades básicas tranquilamente e sobre dinheiro para investirmos em nossos sonhos, é primordial um bom planejamento financeiro.
O planejamento deve nos mostrar as etapas a serem seguidas e auxiliar nas decisões de investimento, seja no curto, médio ou longo prazos.
Mas com tantas coisas para fazer, como saber o que priorizar? Qual o investimento certo para cada horizonte de tempo?
COMO COMEÇAR O PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Dentro de um bom planejamento financeiro, precisamos estabelecer as etapas a serem seguidas para alcançarmos as metas de curto, médio e longo prazos, partindo da maior prioridade e entendendo quais são os investimentos certos para cada uma dessas etapas.
A primeira etapa do planejamento financeiro consiste em definir quais a necessidades e objetivos de curto, médio e longo prazo. Do outro lado, entender os investimentos que são mais alinhados com os prazos dos nossos objetivos, assim como os riscos inerentes a cada um deles.
No curto prazo, alta liquidez é fundamental e não há espaço para riscos. À medida que avançamos para as etapas seguintes – e, portanto, o horizonte de investimento fica cada vez maior – começam a surgir espaços propícios para assumirmos riscos em busca de maiores retornos - sempre respeitando o perfil de investidor.
Assim, precisamos ter em mente que as etapas do planejamento financeiro não devem ser puladas, ou seja, só devemos prosseguir quando o estágio anterior estiver de acordo com o planejado.
PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO (ATÉ 2 ANOS)
Neste horizonte de tempo, devemos prezar pela segurança financeira, ou seja, estar preparados para qualquer evento adverso que possa ocorrer, como despesas urgentes ou não planejadas. O foco aqui é preservar e proteger, por isso, a reserva de emergência deve ser capaz de suportar o orçamento familiar por 6-12 meses.
Em um período de tempo tão curto, a taxa de juros que você receberá será pouco relevante, visto que o tempo é o principal fator para que a mágica dos juros compostos aconteça (juros sobre juros). Assim, nesta etapa deve prevalecer o conservadorismo e alta liquidez nos investimentos.
Caso algum objetivo de vida esteja dentro desse horizonte de curto prazo (como a troca de carro, aquisição da casa própria etc.) e a reserva de emergência esteja em dia, vale a busca por aplicações com vencimento próximo à data planejada, abrindo mão da liquidez em troca de maior retorno.
Cabe, ainda nesta fase, o gerenciamento de riscos de maior impacto, aqueles mais sérios em que a reserva de emergência não seria capaz de cobrir as despesas familiares por muito tempo, fazendo-se necessário o investimento em uma proteção mais robusta.
Investimentos interessantes para proteção:
- Seguro de Vida
Investimentos para Reserva de Emergência
- LFT
- CDBs liquidez diária
- Fundos de Renda Fixa Conservadores
Investimentos para objetivos de curto prazo
- Todos os incluídos na Reserva de Emergência, ou seja, CDBs, LCIs, LCAs, LCs, LFs com vencimento em até dois anos
PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO (3 A 10 ANOS)
Neste prazo, devemos focar em realizar nossos objetivos de vida, como um intercâmbio, chegada de um bebê, aquisição da casa própria, pós-graduação etc. Aqui teremos um período maior de investimento, portanto, tendo a etapa anterior bem consolidada, podemos inserir alguns fatores de risco ao portfólio e abrir mão da liquidez imediata, tudo de forma controlada, visto que o prazo não é tão longo assim e, como os objetivos geralmente tem data certa para acontecer, não há espaço para rentabilidades negativas.
Esta é a etapa com mais alternativas de investimentos, por isso é importante entendermos a fundo o nosso perfil de investidor e os objetivos planejados, o que permitirá a calibragem adequada do risco e liquidez nos investimentos de médio prazo, tendo como diretriz básica a correção pela inflação.
Investimentos para ficar de olho
- CDBs / LCIs / LCAs / LCs / LFs com vencimento maior que dois anos
- Fundos Multimercado
- Fundos de Inflação
- Fundos de Crédito Privado
- CRIs / CRAs
- NTN-B
- LTN
- COE
PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO (MAIS DE 10 ANOS)
Enfim, após cuidar das duas etapas anteriores, devemos mirar um horizonte mais distante, com o objetivo de acumular patrimônio e atingir a liberdade financeira. Uma vez garantido o curto prazo, através da reserva de emergência e proteções necessárias, e os objetivos de vida bem encaminhados, com a capacidade de poupança e investimentos adequados, temos uma estrutura fortificada, que nos permite, então, assumir maiores riscos em busca de maiores retornos no topo da pirâmide.
Além disso, outra razão pela qual o longo prazo é o horizonte de tempo ideal para investirmos em ativos de maior risco é que, caso as coisas não corram tão bem quanto o planejado, teremos mais tempo para fazer os ajustes necessários. Mesmo se não houver a necessidade de repensarmos nossa estratégia, num longo período de tempo as oscilações de curto prazo nos preços tendem a suavizar, revertendo cenários de rentabilidade negativa e deixando os juros compostos agirem.
Investimentos para ficar de olho
- Ações
- ETFs
- BDRs
- Debêntures
- Fundos de Ações
- Fundos Imobiliários
- Previdência Privada
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