Esta quarta-feira (7) é dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), mas o destaque continua na confusão da política fiscal. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta terça-feira (6) o projeto de emenda à Constituição (PEC) de transição com ampliação do teto de gastos em R$ 145 bilhões por dois anos, mas manteve dispositivo que permite o uso de R$ 23,9 bilhões caso haja receitas extras, elevando o efeito até, aproximadamente, R$ 169 bilhões.
Foi incluído um dispositivo para aumentar os gastos também em 2022. O texto prevê ainda que o novo governo apresente ao Congresso, até a metade de 2023, um novo arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos. A votação no plenário do Senado deve acontecer ainda nesta quarta.
Em um país com nível de endividamento elevado como o Brasil, um aumento de gastos dessa magnitude pressiona ainda mais a inflação, o que também reflete na expectativa de juros e crescimento. Com essa perspectiva, o mercado precifica uma nova alta da Selic, a taxa básica de juros, ao longo do ano que vem. Além disso, a bolsa sofreu queda de aproximadamente 8% nos últimos 30 dias.
Sobre a decisão do Copom, se espera que a Selic permaneça em 13,75% nesta reunião e que o comunicado pós-decisão destaque a importância das expectativas inflacionárias nos próximos passos do Banco Central.
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