Consequente de uma escalada generalizada dos preços de produtos e serviços no mercado, a inflação tem tirado o sono do consumidor brasileiro. Considerando somente o primeiro trimestre do ano, o IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo) teve alta de 3,2%, atingindo 11,3% no acumulado dos últimos 12 meses.
Para controle e desaceleração do atual cenário inflacionário, algumas políticas monetárias comumente são utilizadas pelo Banco Central, dentre elas o aumento na taxa de juros.
Sendo o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controle da inflação, a elevação da taxa de juros vem como uma solução financeira para diminuir o dinheiro em circulação no mercado, tornando mais atrativas as aplicações financeiras e mais custosas as captações de crédito no mercado.
Deste modo, desestimula o consumo e favorece a queda da inflação. Esta medida impacta diretamente no desempenho das empresas, reduzindo as perspectivas de crescimento, frustrando os resultados e consequentemente diminuindo seu valor de mercado.
Então, em meio a um cenário econômico nebuloso e taxas de juros atraentes, vemos uma migração, dos ativos de renda variável para ativos de renda fixa. Nesta conjuntura, uma dúvida paira sobre o investidor: Como me expor a ações aproveitando a alta na taxa de juros?
Uma ótima alternativa para se expor a ações buscando menor volatilidade neste cenário econômico é o investimento em ações de setores perenes de receitas recorrentes (financeiro, energia, saneamento etc.). Com maior previsibilidade de receitas e despesas, estes setores costumam acompanhar o movimento de elevação da taxa de juros, protegendo desta forma o investidor das oscilações de mercado e das sucessivas altas.
Evidenciando esta estratégia, tais setores frequentemente retornam parte dos seus lucros operacionais como dividendos aos seus investidores, tornando-os ainda mais atrativos. Assim, além do possível crescimento de mercado por meio de valorização das ações, os investidores possuem a possibilidade de receber um fluxo de renda recorrente.
De modo geral é importante destacarmos a eficiência de um portfólio diversificado e bem estruturado, para assim aproveitar os diferentes ciclos e oportunidades de mercado.
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