Nos últimos dias, as bolsas pelo mundo afora seguem digerindo os dados de inflação americana bem acima das expectativas, divulgados na sexta-feira (10). Com a inflação acima do esperado, cresce a expectativa do banco central americano elevar a taxa de juros a patamares não vistos há mais de uma década, fazendo com que os investidores migrem parte dos seus investimentos em ações para ativos mais conservadores como os títulos do tesouro americano.
A inflação americana, que por muitos anos se manteve entre 0 e 2%, atualmente acumula alta de mais de 8% nos últimos meses, a pior vista em mais de 40 anos! Após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, esse movimento de aceleração da inflação ganhou força principalmente por preço de commodities mais elevadas, como petróleo, soja, milho, entre outros.
Na esteira de uma inflação elevada e consequentemente juros maiores mundo afora, vem crescendo o receio com recessão, visto que nesse cenário se espera um impacto negativo na capacidade de consumo e atividade econômica. Todos esses fatores vêm fazendo com que os investidores assumam uma postura mais defensiva, buscando ativos mais conservadores, menos dependentes de crescimento e menos voláteis.
Esta quarta-feira (15) será um dia importante conhecido como 'superquarta', onde tanto o Banco Central Americano quanto o Banco Central Brasileiro tomarão suas decisões em relação à taxa de juros básica e poderão dar pistas do que planejam em relação à política monetária de ambos os países. A ver.
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