Parece um contrassenso, mas ser lucrativo não garante a sobrevivência de um negócio. Pois, uma das principais causas de mortalidade de empresas é a falta de gestão do fluxo de caixa.
É muito comum empresas terem problemas de falta de caixa em momentos de crescimento dos negócios. Naturalmente, quando as vendas aumentam, os custos e as despesas também crescem.
Nem sempre é possível financiar esse aumento de custos e despesas com o próprio lucro das vendas, pois, em geral, existe um descasamento entre o tempo que se demora para vender e receber dos clientes e o prazo que se tem para pagar os fornecedores.
Por falta de Capital de Giro, o empresário acaba comprando uma quantidade de mercadoria para estoque menor do que a sua demanda. Estudos demonstram que, se o cliente passa duas vezes no estabelecimento e não encontra o produto, ele não volta mais. Com isso, a tendência de crescimento nas vendas se inverte e inicia um ciclo de redução que pode levar essa empresa à falência.
Saber que muitas empresas quebram em pleno crescimento é frustrante. Pois as consequências são traumáticas para o empresário e, paradoxalmente, a solução é relativamente simples.
O primeiro passo para melhorar a gestão financeira é conhecer a fundo o fluxo de caixa do negócio, que é a relação entre o dinheiro que entra e o que sai do caixa em determinado período.
Em um segundo passo, o empresário deve negociar com seus fornecedores para aumentar os prazos de pagamento e, na medida do possível, reduzir os prazos de pagamento para receber de seus clientes. Essa é uma das formas mais baratas de se financiar as atividades da empresa e reduzir a necessidade de capital de giro.
O terceiro passo é buscar linhas de empréstimo com essa função. O melhor momento para buscar o crédito é quando as contas da empresa ainda estão em dia e não existem restrições no CNPJ. Dessa forma, a instituição financeira tende a fazer uma boa avaliação de risco da empresa, o que viabiliza menores taxas de juros.
Para reduzir ainda mais o custo do empréstimo, a empresa pode oferecer carro ou imóvel como garantia. Além da taxa de juros, algumas instituições cobram tarifas que podem encarecer bastante o custo total do empréstimo. Portanto, o empresário deve ficar atento e buscar instituições que ofereçam o menor custo efetivo total (CET).
Por fim, mesmo para as empresas que, no momento, não precisam contratar um empréstimo para Capital de Giro, é importante conhecer a simulação de crédito e o quanto o banco está disposto a emprestar. Dessa forma, caso surja alguma oportunidade de negócio, como a compra à vista de um grande lote de mercadoria com desconto no preço, o empresário poderá avaliar a viabilidade e decidir rapidamente.
Caso tenha interesse em saber mais, procure a orientação do gerente do seu Banco, que poderá te passar informações mais detalhadas sobre as etapas e os custos de contratação do crédito para Capital de Giro.
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