Em um país com tantas incertezas políticas e econômicas, confiar na previdência social para garantir seu futuro pode ser arriscado. Mesmo assim, no Brasil, cerca de 90% das pessoas com mais de 25 anos não poupam dinheiro pensando na aposentadoria, segundo o Relatório Global do Sistema Previdenciário 2020.
Para as pessoas interessadas em garantir seu próprio futuro com liberdade financeira e segurança, investir em previdência privada é uma boa alternativa. Neste texto você vai entender melhor o que é essa modalidade de investimento e como ela funciona.
O QUE É PREVIDÊNCIA PRIVADA?
É um produto de investimento de longo prazo, no qual se realiza aportes mensais por um período de dez anos ou mais. Destinado às pessoas físicas, seu objetivo é ser um complemento de renda ao benefício da previdência social.
Esse investimento é de caráter privado, ou seja, não possui relação com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De forma similar aos diversos fundos de investimentos disponíveis no mercado, a gestão dos recursos aportados na previdência privada fica por conta de um gestor profissional e o patrimônio do fundo pertence aos seus cotistas.
A grande maioria (90%) dos planos de previdência privada realiza aplicações de baixo risco, com foco na previsibilidade dos rendimentos e na segurança do seu patrimônio. A relação entre risco e retorno é similar a outros títulos de renda fixa, como o Tesouro Direto, CDB, LCI, entre outros.
COMO FUNCIONA APREVDIÊNCIA PRIVADA?
Os planos de previdência privada possuem duas fases distintas. A primeira delas é a de acúmulo, na qual o investidor deposita uma quantia mensal estabelecida no momento da contratação. Esses depósitos são mensais e duram entre 10 e 35 anos, conforme a opção do investidor.
O valor desse aporte mensal é calculado pelos bancos ou seguradoras. O cálculo leva em consideração dados como expectativa de vida, projeções de taxas de juros, entre outros, para se descobrir o quanto é necessário guardar por mês para obter a renda desejada no fim do período.
Ao chegar na data estipulada inicia-se a fase da renda, na qual o investidor pode receber o dinheiro aplicado mais os rendimentos acumulados ao longo dos anos. Para o recebimento dos valores, o saque pode ser de forma integral ou parcelada mensalmente, de acordo com uma data combinada.
Pela prestação do serviço de gestão de um plano de previdência privada é cobrada a taxa de administração. A incidência da cobrança é sobre o patrimônio total do fundo.
Outra cobrança que pode ocorrer é a taxa de carregamento, cobrada a cada contribuição realizada, ou seja, mensalmente. Em alguns casos, pode chegar a até 3% do valor do aporte. Porém, alguns bancos isentam o investidor dessa taxa de carregamento, caso a aplicação seja de valor alto.
Por último, existe a taxa de saída, que trata-se de um percentual descontado no momento em que há a retirada antecipada dos recursos. No entanto, essa cobrança só ocorre caso haja movimentação nos primeiros anos da aplicação. Em geral, os planos de previdência têm prazos de carência. Após esse período, já não há cobrança de taxas de saída.
No texto da próxima coluna vamos abordar outros aspectos importantes sobre os planos de previdência privada, como a tributação progressiva ou regressiva do Imposto de Renda; a diferença entre PGBL e VGBL; entre outras vantagens e desvantagens dessa alternativa de investimento.
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