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Ata do Copom veio 'mais amigável' com o governo, afirma Haddad

Ata do Copom veio 'mais amigável' com o governo, afirma Haddad

Para ministro,  documento publicado nesta terça pelo Banco Central (BC) trouxe pontos importantes sobre o trabalho que está sendo feito pelo Ministério da Fazenda.

Publicado em 7 de fevereiro de 2023 às 12:19

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7), que a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) é melhor que o comunicado da semana passada. Segundo ele, o documento publicado nesta terça pelo Banco Central (BC) trouxe pontos importantes sobre o trabalho que está sendo feito pelo Ministério da Fazenda.

"Hoje a ata do Copom veio melhor que o comunicado. A ata foi mais extensa, mais analítica, colocando pontos importantes sobre o trabalho da Fazenda. A ata foi mais amigável em relação aos próximos passos que precisam ser tomados. Considero que a ata deu um passo e é melhor que o comunicado", disse o ministro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em meio às reiteradas críticas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à atuação do BC, o Copom fez um aceno ao governo e reconheceu nesta terça, na ata de seu encontro deste mês, que o pacote fiscal anunciado no mês passado pela equipe econômica pode ajudar no combate à inflação.

Na segunda-feira à noite, Haddad chegou a dizer que o comunicado do Copom na semana passada "poderia ter sido mais generoso" com as medidas propostas por ele para tentar reduzir o rombo fiscal deste ano. Na ata desta terça, porém, o colegiado destacou justamente o pacote de intenções do ministro.

"Alguns membros notaram que as medianas das projeções de déficit primário do Questionário Pré-Copom (QPC) e da pesquisa Focus para o ano de 2023 são sensivelmente menores do que o previsto no orçamento federal, possivelmente incorporando o pacote fiscal anunciado pelo Ministério da Fazenda. O Comitê manteve sua governança usual de incorporar as políticas já aprovadas em lei, mas reconhece que a execução de tal pacote atenuaria os estímulos fiscais sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação", destacou o documento.

O colegiado avaliou que o efeito líquido da condução da política fiscal sobre a inflação é muito dependente das condições macroeconômicas e financeiras vigentes. "Assim, ao analisar os múltiplos canais, incluindo o movimento nas condições financeiras advindas de juros futuros, e atualizar as hipóteses de trajetória fiscal para incorporar o orçamento sancionado para 2023, o Comitê avalia que as perspectivas para a atividade não tiveram alteração relevante", acrescentou a ata.

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