Os governos brasileiro e chinês estão discutindo a criação de dois canais de filmes: um de produções feitas nos países dos Brics (Brasil, Índia, China e África do Sul) e outro apenas de vídeos brasileiros e chineses.
O assunto foi debatido entre o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e autoridades chinesas durante as reuniões preparatórias para a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que chega nesta quinta-feira (24) a Pequim.
Os novos canais utilizariam a tecnologia streaming, em que o telespectador escolhe o que vai assistir e quando.
Segundo Terra, o objetivo é estimular co-produções de Brasil e China, atraindo capital chinês para o cinema brasileiro, além de abrir um mercado de 600 milhões de chineses que assistem vídeos sob demanda.
Questionado se a censura chinesa seria um problema, já que o país é comunista e controlado por um partido único, o ministro afirmou que não.
"Os chineses vão decidir que projetos querem financiar e nossos produtores vão se submeter ou não. O que queremos é abrir esse mercado", afirmou.
Na opinião de Terra, o cinema brasileiro é muito "dependente" dos recursos do fundo setorial, que chegam a cerca de R$ 1,5 bilhão por ano.
O surgimento do canal dos Brics dificilmente será anunciado durante a visita de Bolsonaro a China. O mais provável é que o assunto continue sendo discutido em novembro no encontro de países do bloco em Brasília, para o qual está prevista a presença do presidente chinês Xi Jiping.
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