Apesar de um cenário internacional cercado de incertezas - com a desaceleração da indústria global, a tensão comercial entre China e Estados Unidos e a redução do desenvolvimento chinês -, o Espírito Santo deve crescer mais de 2,5% em 2020. É isso que avalia a economista-chefe da Rosenberg, Thais Zara.
Thais esteve em Vitória nesta sexta-feira (27) para participar da reunião do Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do Espírito Santo. O evento também contou com a presença do cientista político José Luiz Niemeyer, do presidente do movimento empresarial ES em Ação, Fábio Brasileiro, e com diversos representantes do setor do produtivo e do governo estadual.
"O Espírito Santo tem grande vantagem em relação às contas públicas. De longe é o melhor Estado em termos de finanças e isso é bastante positivo. Tem também a questão dos royalties que podem ajudar a alavancar o crescimento. Isso faz com que o Estado tenha mais capacidade de investimento", comentou Thais.
"Nossas projeções indicam que, por conta do aumento do consumo interno, o Brasil vá crescer 2,5% em 2020. Acho que é bastante factível que o Espírito Santo cresça mais que isso, pois tem espaço para impulso adicional local e deve contar, no ano que vem, com o restabelecimento da oferta do minério de ferro", acrescentou a economista.
Para este ano, entretanto, o cenário não é dos melhores. "A indústria está crescendo menos em todo o mundo, caiu a demanda por petróleo e há uma grande incerteza em relação aos investimentos", disse a respeito do mercado internacional, que tem impacto direto nas relações comerciais do Espírito Santo.
Economista e coordenador do grupo, Clóvis Vieira destacou a importância de se discutir os rumos da economia com os empresários locais. "Esse trabalho está fazendo 30 anos de existência. É uma necessidade do empresário de se atualizar. Ele pode sair daqui com uma noção muito boa para formular ou reformular seu planejamento estratégico", destacou.
"Além disso, este ano inovamos apresentando as questões estratégicas nacionais com a presença de um cientista político e o movimento ES em Ação, que é a maior fonte aglutinadora de empresários e executivos, pessoas com grande influência e poder de avaliação", concluiu.
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