O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta quinta-feira (3), que o crescimento de 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre ante o trimestre anterior ficou um pouco abaixo do que o governo esperava, mas ressaltou que o desempenho ainda sinaliza uma retomada forte da atividade após o pior momento da pandemia de Covid-19.
"É a economia voltando, está voltando em 'V' como sempre dissemos. Houve revisões de trimestres anteriores, e por isso o resultado veio um pouco abaixo do esperado, mas o fato é que a economia está voltando em 'V', realmente está voltando", afirmou, ao chegar à sede da pasta.
A Secretaria de Política Econômica divulgou nota afirmando que o desempenho no terceiro trimestre abre o caminho para que a economia brasileira "continue avançando no primeiro semestre de 2021 sem a necessidade de auxílios governamentais", como o auxílio emergencial.
O resultado divulgado nesta quinta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) veio abaixo da mediana das estimativas, de 8,80%, e perto do piso do intervalo das previsões, de 7,40%, dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. O teto das projeções era 9,50%. O Ministério da Economia projetava expansão de 8,3% no terceiro trimestre em relação ao período anterior.
Embora seja mais forte do que o esperado no início da crise, a retomada ainda é insuficiente para recuperar as perdas do primeiro semestre. Tanto que o PIB registrou queda de 3,9% na comparação com igual período de 2019.
A retração do PIB em 2020 deverá ficar em 4,50%, conforme pesquisa do Projeções Broadcast feita antes da divulgação dos dados do IBGE.
Ainda que menor do que as primeiras projeções, feitas quando a Covid-19 se abateu sobre a economia, se confirmada, será a maior queda anual da história - a mais intensa até hoje foi registrada em 1990 (-4,35%), na série histórica iniciada em 1901.
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