O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, voltou a dizer que a coordenação da Casa Civil do programa de investimentos público Pró-Brasil não significa que o governo abrirá mão de cumprir o teto de gastos.
"Não tem como o governo fazer isso gradualmente. Para abandonar o teto de gastos seria preciso mudar a Constituição. O governo teria então que chegar no Congresso e no mercado e admitir que não quer fazer ajuste fiscal pelo lado da despesa. Isso impactaria muito a curva de juros, seria uma atitude de risco muito elevado e ninguém do governo quer isso. A direção atual da política econômica continua", afirmou, em videoconferência organizada pelo banco BV.
Questionado sobre o espaço para novas desonerações tributárias, Mansueto defendeu novamente a reversão de parte dos benefícios fiscais atuais. "A tendência é reduzir os regimes especiais de tributação, e não aumentar", respondeu.
Sobre o diferimento do pagamento de tributos de abril a junho, o secretário lembrou que a medida prevê o pagamento de cerca de R$ 100 bilhões no segundo semestre.
"Se por algum motivo o pagamento não vier neste ano, virá no máximo em 2021. Mas não acredito numa mudança de composição ou em uma deterioração permanente da nossa base tributária", completou.
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