Caiu no início de junho o número de brasileiros afastados do trabalho em consequência da pandemia do novo coronavírus, informou nesta sexta (26) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Não houve, porém, mudanças na taxa de desemprego nem no número de pessoas ocupadas no país.
Os dados são da pesquisa Pnad Covid, criada pelo instituto para identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros. Nesta sexta, o IBGE divulgou informações relativas ao período entre os dias 31 de maio e 6 de junho.
Segundo a pesquisa, 13,5 milhões de trabalhadores (o equivalente a 16,1% da população ocupada)estavam afastados do trabalho na primeira semana de junho. São 3,1 milhões a menos do que um mês antes e 1,1 milhão a menos do que o verificado na semana anterior.
O IBGE não analisou os motivos da queda, mas o movimento coincide com o retorno das atividades de atividades comerciais e de serviços em estados que relaxaram as medidas de isolamento social e com a retomada da produção de importantes setores industriais, como o automobilístico.
Os dados indicam que não houve melhoria do emprego. A população ocupada na primeira semana de junho (83,7 milhões de pessoas) ficou praticamente estável em relação à semana anterior (84,4 milhões de pessoas) e à primeira semana de maio (83,9 milhões).
Assim, o nível de ocupação no início de junho foi de 49,3% (isto é, pouco menos da metade da população em idade de trabalhar tinha emprego naquela semana). Na última semana de maio, era de 49,7% e na primeira de maio, 49,4%. Taxas menores que 50% estão sendo vistas pela primeira vez na história durante a pandemia.
A população desempregada no país era de 11,2 milhões de pessoas na primeira semana de junho, praticamente estável em relação aos 10,9 milhões verificados na semana anterior. Em comparação com a primeira semana de maio (9,8 milhões de pessoas), houve crescimento.
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