A crise econômica e a desvalorização de algumas commodities no mercado internacional tiveram forte impacto no Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios do Estado, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Presidente Kennedy, que tinha o maior PIB per capita do país em 2015, não só perdeu, em 2016, o posto para Paulínia (SP) como também caiu para a 17ª colocação.
A queda tem uma explicação. A geração de riquezas na cidade foi gravemente comprometida pela cotação do preço do barril de petróleo, que naquele ano sofreu vários reveses. O produto chegou a custar menos de 30 dólares depois de ter alcançado um valor acima de 100 dólares meses antes.
A recessão nacional também trouxe reflexos para o PIB de Vitória. A cidade deixou de ser a 33ª maior economia do país para ser a 36ª. O mesmo aconteceu com a Serra, que caiu um degrau, e ficou em 46º lugar. Vila Velha também passou da 80ª posição para 83ª.
Segundo o IBGE, entre as capitais, Vitória tem o segundo maior PIB per capita do país, ficando atrás apenas de Brasília.
Dados sobre o PIB dos municípios, compilados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), revelam ainda o peso do setor extrativo para a economia do Espírito Santo. As cidades que mais apresentaram retração na geração de riquezas são aquelas que dependem das atividades de mineração e produção e exploração de petróleo.