Os bons ventos dos investimentos sopraram com mais força no Espírito Santo neste apagar das luzes de 2019, contribuindo para cercar de ainda mais otimismo as expectativas para o ano que em breve se inicia. Linhares receberá dois empreendimentos de peso, com as unidades fabris da Britânia e da Brinox programadas para serem instaladas no município do Norte do Estado.
A primeira, do setor de eletrodomésticos, anunciou a destinação de R$ 394 milhões para a construção de uma planta que deve começar a operar no primeiro semestre de 2021. Já a segunda empresa, especializada em itens de utilidade doméstica, vai investir R$ 50 milhões na fábrica que deve ser inaugurada ainda no primeiro semestre do próximo ano.
No Sul, Cachoeiro também recebeu boas notícias: a fábrica de papel higiênicos da Suzano, um investimento de R$ 130 milhões, com previsão de inauguração no quarto trimestre de 2020. Os três anúncios envolvem a geração de mais de 2,5 mil empregos, incluindo as obras e a plena operação das novas plantas. Um aquecimento considerável.
Nada é por acaso: o setor empresarial busca segurança para os seus investimentos, e o Espírito Santo tem feito o dever de casa. Atravessou a década confiando que o rigor fiscal não só constrói credibilidade, como racionaliza o gasto a ponto de promover mais justiça social. Com o foco na boa gestão, o Espírito Santo continua trilhando um caminho que pode levá-lo ainda mais longe na próxima década. O Estado encerrou o ano na vanguarda com a aprovação da reforma da Previdência estadual, um legado inequívoco, com ganhos não somente para o crescimento capixaba, mas também para a redução das desigualdades.
Por tudo isso, não é inocência se apegar ao otimismo para 2020. Caminhar é preciso, e importantes passos estão sendo dados também no cenário nacional. Os reflexos das decisões tomadas em 2019 deverão ser sentidos em 2020. A reforma da Previdência aprovada, sem dúvidas o grande acontecimento do ano na economia, tira um peso das contas públicas, mas sozinha não permite a superação de todos os obstáculos que impedem o crescimento. A agenda econômica, com as reformas que faltam, em destaque a tributária e a administrativa, tem tudo para se desenrolar, caso o comprometimento do Planalto e do Congresso continue sólido.
As perspectivas positivas têm assoalho consistente, não são devaneios. Um relatório do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) prevê um crescimento de 2,2% do PIB em 2020. O consumo das famílias deve sofrer uma aceleração no novo ano, com crescimento de 2,6% em relação a 2019. São números que dependem de cenários propícios, mas também da tomada estratégica de decisões governamentais, com ressonância no Legislativo. 2020 tem tudo para ser melhor.
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