A hora e a vez das novas lideranças no Brasil

São diferentes personalidades, distintos posicionamentos, mas o que os une é o empenho em fazer do Brasil um lugar melhor, com mais oportunidades para todos

Publicado em 03/11/2022 às 01h01
Brasil
Simone Tebet, durante a campanha presidencial no primeiro turno. Crédito: Simone Tebet / Instagram / Reprodução

A vitória de Lula nas urnas não pode ser creditada a um homem só, algo que o próprio presidente eleito deixou explícito em seu primeiro discurso. Mãos foram dadas, com o envolvimento político de diferentes atores em uma frente ampla que deu espaço a novas vozes, que serão fundamentais no processo de redirecionamento democrático do país.

Momento oportuno, portanto, para dar passos firmes em um aguardado processo de renovação de lideranças. O Brasil há muito tempo carece de rostos novos, com potencial de reunir os requisitos republicanos e gerenciais que os levem até o Palácio do Planalto. Inclusive os nomes que se colocam à direita do espectro político e que, porventura, estejam nas trincheiras da oposição nos próximos quatro anos. Se forem capazes de fazer a diferença, estarão aptos a embarcarem.

São diferentes personalidades, distintos posicionamentos, mas o que os une é o empenho em fazer do Brasil um lugar melhor, com mais oportunidades. A senadora Simone Tebet tem sido uma dessas lideranças que têm pavimentado uma estrada política que pode ser promissora. A forma como a senadora conduziu a campanha de Lula no segundo turno deu a ela credenciais de estadista. 

O mesmo pode ser dito de governadores reeleitos ou novatos, que poderão nos próximos quatro anos se consolidar como bons gestores. Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Zema, em Minas Gerais, tiveram o aval das urnas para prosseguirem. Tarcísio de Freitas, em São Paulo, e Jerônimo Rodrigues, na Bahia, terão a chance de mostrar um bom trabalho. Tarcísio e Zema, em meio às tensões pós-eleitorais, já demonstraram inclusive capacidade de articulação e pulso firme.

Do Congresso Nacional também podem emergir bons nomes, tudo a depender da atuação comprometida com os interesses coletivos. Parlamentares de diferentes ideologias, mas que estejam comprometidos com o avanço das reformas estruturantes que o país tanto aguarda. De André Janones, na Câmara, a Tereza Cristina, no Senado, a sociedade vai estar de olho. E será a chance de Sergio Moro, tão cogitado como terceira via, mostrar relevância na política.

Serão quatro anos de muito trabalho, e aqueles que se destacarem poderão construir o capital político que será decisivo em futuros encontros com as urnas. É a oportunidade de dar início a uma nova jornada para o país, sem desperdiçar o potencial dessas  lideranças que estão a despontar. O Brasil precisa mais do que nunca dessas pessoas.

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