“O Estado não vai admitir este tipo de enfrentamento”, disse o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Roberto Sá, ao anunciar a ocupação pela Polícia Militar no Bairro da Penha, em Vitória, há pouco mais de uma semana, para combater o aumento significativo de confrontos armados na região – foram nove em um intervalo de 15 dias. A esperança era de paz, mas o cenário visto na manhã desta sexta-feira (14) na Capital foi de guerra.
As cenas e os relatos de criminosos invadindo aos tiros a Av. Leitão da Silva, impondo o fechamento de lojas, apedrejando carros e espalhando o terror nas primeiras horas da manhã exigem uma resposta urgente das autoridades. É inconcebível que bandidos instaurem o pânico em comunidades monitorada 24h por dia. Houve tensão também na Av. Marechal Campos e na Serafim Derenzi, outras importantes vias da cidade, em uma clara demonstração de ação coordenada da criminalidade.
O governador do Estado manifestou-se por meio de rede social, sustentando que a ação dos bandidos era uma reação à ocupação da PM. Afirmou que a polícia atuará com mais força ainda. “Já efetuamos prisões de alguns desses criminosos. Essa será a nossa resposta”, prometeu. E é isso que a população quer ouvir do líder do Executivo. Seja por que motivo for, o Estado não pode permitir que vidas sejam ameaçadas acintosamente como foram nesta sexta-feira. É um vilipêndio à sociedade, a qualquer noção de civilização.
É preciso inteligência, mais do que força, para lidar com a situação, que é crônica. Em um primeiro momento, o choque de ordem deve estancar a sangria deste momento de crise. Mas as feridas abertas nas comunidades que permitiram a instalação do poder paralelo do tráfico necessitam de políticas públicas mais profundas e sensíveis. Se não, cenas como a desta sexta-feira serão, infelizmente, frequente nos noticiários.
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