As imagens da van escolar despencando de um barranco no bairro Alvorada e indo parar, tombada, na Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, ficam ainda mais atordoantes quando nos damos conta de que a maioria dos ocupantes eram crianças a caminho da escola. O aperto no peito é imediato.
E o que também causa assombro é constatar que pessoas resolvam prestar esse serviço, tão importante para pais, mães e familiares dos alunos, de forma clandestina, sem preocupações mínimas com a segurança. Não há excesso de burocracia nem falta de dinheiro que justifique que um veículo circule pela cidade, repleto de crianças, sem autorização para tanto, como confirmou o Detran à reportagem da Gazeta.
Por sorte, as seis crianças e o motorista não ficaram feridos com gravidade, como a imagem impressionante da queda poderia sugerir. Mas uma empresa que coloque tantas crianças sob a sua responsabilidade não pode contar com a sorte: é imprescindível que cumpra todas as exigências da legislação.
De acordo com informações da Guarda Municipal da Vila Velha, os pneus da van estavam bastante desgastados e o freio quebrou durante o acidente. Indícios de que a manutenção poderia não estar em dia. A apuração do acidente também vai poder avaliar se houve direção imprudente ou negligente, o que reforça que motoristas profissionais, sobretudo no transporte escolar, devem ter uma conduta ao volante cercada de ainda mais segurança.
Fato é que um veículo escolar, com algumas irregularidades, circulava pela Grande Vitória sem ser "incomodado" pela fiscalização. Todo mundo sabe, inclusive as autoridades de trânsito, onde e quando encontrar essas vans: a realização periódica de blitze nas redondezas das escolas seriam suficientes para flagrar vans irregulares e garantir mais segurança aos alunos. A fiscalização não pode dar trégua.
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