Agro do ES vai colher os frutos das boas práticas ambientais

O alinhamento verde passa a ser crucial para a economia global, determinando quem fecha ou não negócios. O Espírito Santo demonstra estar atento a essas exigências

Publicado em 10/12/2024 às 22h00
Conilon
Saca de café conilon estocada em Linhares, Norte do ES. Crédito: Abdo Filho

É preciso olhar para a visita ao Espírito Santo da comitiva de representantes de países  e entidades da União Europeia, encerrada nesta segunda-feira (9), como um pacto pela sustentabilidade do agro capixaba. Afinal, essa atenção para as cadeias produtivas vai guiar ainda mais as escolhas dos fornecedores de alimentos para a Europa a partir de 2026, quando passam a valer as regras do Green Deal, o Pacto Ecológico Europeu, com a meta de alcançar a neutralidade de emissão de carbono até 2050.

As práticas sustentáveis na produção de café e cacau, para citar os produtos que foram alvo dessa visita, vão determinar a sua aceitação no mercado europeu, um dos maiores consumidores do mundo. O alinhamento verde passa a ser crucial para a economia global, determinando quem fecha ou não negócios. O Espírito Santo demonstra estar atento a essas exigências, um compromisso que não é pontual, mas ininterrupto.

A Europa está de olho em tudo e vai proibir produtos que sejam originados de áreas de desmatamento e o uso de alguns defensivos agrícolas, entre outras determinações.  Certificação de origem e rastreabilidade, se já são mandatórias, terão ainda mais peso, com critérios de governança e sustentabilidade que estejam alinhados com as normas europeias. 

E há ainda o contexto otimista do acordo de livre comércio selado, após 25 anos de negociação, entre o Mercosul e União Europeia. A cafeicultura capixaba é um dos setores que pode se beneficiar desse novo cenário tarifário e se expandir, o que não  vai dispensar o compromisso com a sustentabilidade.

As boas práticas ambientais têm um objetivo em si mesmas, que é frear os impactos das ações humanas no planeta. É uma corrida contra o relógio, a humanidade está bastante atrasada. As contrapartidas acabam sendo um indultor necessário para sustentabilidade, para que os setores produtivos não dependam apenas do bom senso ecológico para fazer o que deve ser feito. A consciência ambiental é o que se espera, nem que seja induzida pela competitividade. 

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