As ameaças de um homem à equipe da TV Gazeta no bairro Primeiro de Maio, em Vila Velha, foram diretas, sem meias palavras. O episódio, no qual ficaram explícitos os desmandos da gangue que domina a comunidade, expõe o nível de intimidação a que a população está sujeita em seu cotidiano. A limitação do direito de ir e vir é apenas um dos muitos abusos sofridos nessas localidades.
Os profissionais da TV se dirigiram ao bairro para realizar a cobertura do caso de uma mulher que foi atingida por bala perdida, na noite de terça-feira (10), em um possível confronto com gangues rivais do bairro Santa Rita. Mais uma das muitas demonstrações de que a guerra do tráfico não escolhe suas vítimas.
Após a equipe da TV Gazeta ser expulsa do bairro com o ultimato do porta-voz dos criminosos — “Se não sair, vai sair por mal. Vou dar dois minutos para sair fora” —, a Polícia Militar foi acionada, mas por precaução dediciu não fazer a escolta da reportagem no bairro por não ter como garantir a segurança do grupo.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Roberto Sá, manifestou-se sobre o caso, reforçando que a PM se fará presente no bairro. A sociedade espera que as afirmações reiteradas do secretário de que o Espírito Santo não é o Rio de Janeiro, de que a polícia enfrentará o crime onde ele estiver e de que não há um lugar no Estado no qual a polícia não entre se façam cumprir, garantindo que criminosos não tenham vez em nenhum canto desse Estado.
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Após tão lamentável episódio, a Rede Gazeta reafirma seu compromisso com a sociedade, destacando a situação desses bairros onde a criminalidade continua se impondo como poder paralelo. Intimidações dessa natureza reforçam a importância de um jornalismo atuante, que não se omite e cobra soluções para garantir uma vida mais digna a todos.
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