Analfabetismo no ES: é possível reduzir ainda mais

Quando se aponta a educação como o caminho para a resolução da maior parte dos problemas brasileiros, a alfabetização dos adultos é parte indissociável de qualquer projeto de país. Ela é o primeiro passo para a reduzir a exclusão social

Publicado em 21/05/2024 às 01h00
Alfabetização
Alfabetização. Crédito: Pixabay

Os dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que a taxa de analfabetismo no Espírito Santo é de 5,6%. Em números absolutos, são 173,8 mil pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever um bilhete simples. 

Quando esses números são colocados em perspectiva, os avanços na alfabetização são consideráveis. As estatísticas do IBGE comprovam essa tendência de queda no analfabetismo no Estado, ao longo da série histórica: em 1991, 18% da população era analfabeta. Percentual que caiu em 2000 (11,7%) e em 2010 (8,1%). Entre 1991 e 2022, houve um aumento de 12,4 pontos percentuais no índice de alfabetização.

É para celebrar que cada vez menos pessoas vivam sem acesso à escrita e à leitura no Espírito Santo. Mas, ao mesmo tempo, a quantidade de analfabetos no Espírito Santo ainda é maior que, por exemplo, a população de Linhares, atualmente com 166,7 mil habitantes, de acordo com o mesmo Censo de 2022.

Para aumentar os números da alfabetização, é preciso lidar com o tempo presente, com o ingresso e a manutenção das crianças e adolescentes na escola, o que vai impedir que engrossem as estatísticas de analfabetismo do futuro. Mas não se pode deixar de encarar o passado: a inclusão educacional de jovens e adultos não pode ser tratada como coadjuvante pelos governantes.

Portanto, é fundamental avaliar os números do Censo por faixa etária, para calibrar com mais eficiência as políticas públicas para combater o analfabetismo.

Quando se aponta a educação como o caminho para a resolução da maior parte dos problemas brasileiros, a alfabetização dos adultos é parte indissociável de qualquer projeto de país. Ela é o primeiro passo para a reduzir a exclusão social. No Brasil, segundo o Censo 2022, há 11,4 milhões de analfabetos, o correspondente a 7% do total da população com 15 anos ou mais.

E é preciso se preocupar, sobretudo entre os mais jovens, com  analfabetismo funcional, a incapacidade de interpretar textos e realizar operações matemáticas simples, mesmo sabendo ler e escrever. A qualidade do ensino tem papel fundamental na formação de adultos com mais capacidade cognitiva e crítica. Isso é cidadania. E essa escolaridade também vai ajudar a construir o nosso capital humano, com ganhos de produtividade e crescimento econômico. 

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