As redes sociais funcionam como um termômetro da expectativa dos capixabas para o início da operação do Novo Aquaviário, como se pode ver nestas postagens e nos comentários que elas atraíram no Twitter na semana passada:
"Ele tá parado aí deve ter uns 6 meses no mínimo kkkkkk. Ando de bike sempre pela orla e postei, uns meses atrás, nos meus stories toda animada e até hoje nada HAHAHHAHAHAHAHHAAHHA", comentou uma jovem. "E vai funcionar real quando? Está virando lenda já esse barco... afffff", reclamou outra. E sobre o vídeo da barca atravessando a Baía de Vitória, um outro usuário da rede social mostrou incredulidade: "Ninguém vai me convencer de que isso não é montagem".
Com tantas idas e vindas nos prazos, essa descrença com a inauguração do sistema acaba tendo razão de ser, mesmo que desde o dia 19 de outubro do ano passado a primeira embarcação a chegar à Baía de Vitória tenha feito crescer a expectativa.
Só que, na semana passada, houve mais um balde d'água fria, com a apresentação de um novo cronograma pela Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi). Assim, o início das atividades foi adiado para maio. Mas vale recapitular quantas vezes esse prazo foi esticado desde o anúncio da retomada do transporte aquático pelo governo Casagrande.
O início das atividades estava nas metas do governo para 2021, o que não se confirmou. Em janeiro do ano seguinte, em 2022, a promessa, feita pelo próprio governador em entrevista à Rádio CBN, era de que o modal estaria em funcionamento em agosto do mesmo ano. Posteriormente, os planos ficaram para novembro de 2022. Depois, março de 2023. Abril? A previsão mais recente, como já dito, ficou para maio.
De acordo com o governo, as estações na Praça do Papa, na Enseada do Suá, em Vitória, e a da Prainha, em Vila Velha, estão na fase de construção dos pontos de embarque e desembarque. Já a de Porto de Santana, em Cariacica, está totalmente concluída. Sobre os barcos, o primeiro já foi finalizado e recebeu pintura e espaço para bicicletas. E agora se aguarda a chegada de outros dois vindos de Porto Seguro, na Bahia: um está previsto ainda para março e o terceiro deve atracar por aqui entre abril e maio. Palavra das autoridades estaduais.
O custo das embarcações e da operação, abrangendo também tripulação, equipamentos e serviço, vai totalizar R$ 612 mil mensais por barco.
Há muita ansiedade para o início do funcionamento, sobretudo por ser mais uma opção de mobilidade na Grande Vitória. Mas há também aspectos mais sentimentais, a própria paisagem da Baía de Vitória vai ser modificada, e muita gente espera atravessar as suas águas apreciando o visual. Basta pensar que quem tem atualmente na faixa dos 20 anos nunca viu o sistema em funcionamento. É por isso que se espera que o cronograma divulgado na última semana seja o definitivo.
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