Não foram poucos os relatos da emoção compartilhada com o anúncio da comprovação de eficácia da Coronavac na quinta-feira (08). Um prenúncio de um horizonte mais otimista para os brasileiros, apesar de ter ocorrido no mesmo dia em que o país atingiu a marca de 200 mil mortes pela Covid-19. A esperança que renasce não apaga essas perdas, de pessoas com nome e sobrenome que não podem ser esquecidas. É vital para a sociedade que a crise sanitária não se aprofunde como uma crise de sensibilidade.
É com esse espírito que se celebra a chancela dada à vacina da Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, um gigante brasileiro. É com esse espírito que se celebra qualquer vacina que consiga proteger a população brasileira. O imunizante da Oxford/Astrazeneca também está a caminho. É o mesmo ânimo que se alivia ao saber que a vacina da Pfizer tem se mostrado capaz de proteger os imunizados da nova cepa do novo coronavírus.
Cada avanço científico, resultado desse esforço sem precedentes de pesquisadores, cientistas e médicos ao redor do globo (reforce-se esse fato), tem um lugar cativo no peito dos indivíduos que ainda se apoiam na sensatez. Que compreendem que a imunização não é um capricho individual, que não apostam na inconsequência dos próprios atos, desconsiderando tudo que não diga respeito a si próprios. E não são poucos assim no Brasil, felizmente.
A vacina funciona. E o próprio governo federal abandonou a reticência e anunciou um acordo com o Butantan para a compra de até 100 milhões de doses. É possível que a campanha de vacinação já se inicie no fim deste mês, com grupos prioritários como idosos e profissionais de saúde. É importante demais que a linha de frente dessa guerra esteja protegida o quanto antes. No Espírito Santo, 35 mil estão aptos a serem vacinados nesta primeira etapa.
A Anvisa já recebeu do Butantan o pedido de uso emergencial da Coronavac. Também nesta sexta-feira (09), a Fiocruz fez a mesma solicitação à agência para liberar a Oxford/AstraZeneca. Os desafios de enfrentamento da pandemia não desaparecem em um passe de mágica, mas as notícias mais recentes são também uma vacina contra o desalento.
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