Bolha inflável: brincadeiras no mar devem ser mais fiscalizadas

Em quase toda praia há alguém oferecendo o serviço. O poder público precisa estar de olho na atuação desses prestadores

Publicado em 28/01/2025 às 01h00
Menino de 10 anos (destaque) ficou à deriva em bolha inflável no mar no ES
Menino de 10 anos (destaque) ficou à deriva em bolha inflável no mar no ES. Crédito: Leitor|A Gazeta

O susto provocado por uma bolha inflável que se soltou da corda e fez uma criança ficar à deriva, a aproximadamente 1 km da Praia de Ubu, em Anchieta, deve ser um alerta estridente sobretudo para as prefeituras das cidades litorâneas. Em nota divulgada à TV Gazeta, a administração afirmou que no município a prática é legal, com fiscalização constante. 

Mas o fato é que a corda não resistiu, o que já coloca em xeque a segurança do brinquedo. Existe alguma regulamentação municipal, com exigências de manutenção e troca de equipamentos? As prefeituras de cidades praianas precisam ter essas respostas. É esse tipo de regramento, com a apresentação de certificações ao consumidor, que pode contribuir para a proteção das crianças em um brinquedo desses. 

As brincadeiras aquáticas, principalmente quando envolvem o público infantil, precisam ser bem fiscalizadas, são atividades que não podem ser praticadas com amadorismo. Vale lembrar o quanto os banana boats causaram acidentes por tantos verões. Desde 2017, a prática é regulamentada pela Marinha, que estabeleceu idade mínima para o transporte: somente maiores de sete anos. E até os doze anos só poderão ser conduzidas no brinquedo acompanhadas ou autorizadas pelos pais ou responsáveis.

Em dezembro passado, um caso parecido com bolha inflável aconteceu em Ubatuba, no litoral de São Paulo. Um desses brinquedos ficou à deriva com um menino, que precisou ser resgatado por uma lancha. Em abril de 2023, outro incidente chamou atenção, em Copacabana, no Rio de Janeiro, quando um casal de adultos passou por susto semelhante. Em nenhuma dessas cidades havia regulamentação sobre as bolhas, o que tornava a prática proibida.

As bolhas infláveis são usadas, normalmente, nas partes mais rasas do mar. O caso de Ubu mostra que, mesmo assim, a prática exige cuidados. Como as bolhas viraram uma mania, em quase toda praia há alguém oferecendo o serviço. O poder público precisa estar de olho na atuação desses prestadores. 

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