BR 101 precisa sair do modo de espera dos últimos dois anos

Foram dois anos de impasse, com uma renegociação demorada, mas que, de acordo com notícia publicada pela coluna de Abdo Filho nesta sexta-feira (31), está perto do fim

Publicado em 04/06/2024 às 01h00
Duplicação da BR-101/ES/BA (Trecho Viana a Guarapari) e entrega dos viadutos de Amarelos (321) e Guarapari (335)
Duplicação da BR-101/ES/BA (Trecho Viana a Guarapari) e entrega dos viadutos de Amarelos (321) e Guarapari (335). Crédito: Vitor Jubini

Daqui a pouco mais de um mês, em 15 de julho, serão dois anos desde o anúncio da devolução da concessão da BR 101 pela  EcoRodovias. Um tempo no qual a maior rodovia federal a cortar o Espírito Santo, com seus 478,7 quilômetros de norte a sul, ficou em compasso de espera por uma solução que viabilizasse a continuidade da mais importante obra de infraestrutura em curso no Estado, a duplicação da via.

Mesmo que, desde o início da concessão, em 2013, apenas pouco mais de 60 quilômetros da BR 101 (12,9%) tenham sido duplicados até a desistência, em 2022, e que desde então alguns trechos que já estavam sendo executados não tenham sido paralisados, é impossível não ter a sensação de tempo perdido. Foram dois anos de impasse, com uma renegociação demorada, mas que, de acordo com notícia publicada pela coluna de Abdo Filho nesta sexta-feira (31), está perto do fim.

De acordo com informações do  vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, responsável por acompanhar o caso por parte do governo estadual, "estamos na cara do gol".  Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Tribunal de Contas da União e Eco101, segundo ele, teriam entrado em acordo sobre o futuro do importante eixo logístico capixaba, com expectativa de martelo batido nos próximos 60 dias. A ver.

Tão importante quanto os termos do que será efetivado para a BR 101 é a segurança jurídica desse novo acordo, com prazos que sejam cumpridos rigorosamente pela concessionária — sabe-se  que a duplicação será reduzida, com terceiras faixas nos trechos não licenciados, o que é triste diante da segurança e do conforto que uma rodovia duplicada pode garantir ao usuário, mas ao mesmo tempo é essa solução legal que vai destravar a obra. 

E, de acordo com Ferraço, os contornos de Fundão, Ibiraçu e Linhares estão dentro da nova proposta. Uma boa notícia.

Em 60 dias, muita água pode rolar. E espera-se que, ao fim desse prazo, ele não se transforme em mais 60 dias, sem definições. Quase dois anos depois, o impasse precisa acabar. O modo de espera no qual a BR 101 foi colocada em julho de 2022 cria uma sensação muito ruim em quem passa pelas praças de pedágio e deixa ali o seu dinheiro.

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