O brasileiro entrou definitivamente no clube do consumo de cafés de qualidade: projeção feita pela Associação Brasileira de Cafés Especiais aponta que o ano de 2019 será marcado por um recorde, com um milhão de sacas consumidas em território nacional, ante as 900 mil do ano passado.
O paladar cada vez mais exigente criou um mercado para essa produção, anteriormente destinada quase exclusivamente à exportação. E a demanda no exterior por produtos diferenciados tampouco para de crescer.
É reconfortante ver que o Espírito Santo, o segundo maior produtor nacional de café, não perde o timing. A produção de arábica na região do Caparaó tem obtido certificações e premiações importantes, levando inclusive o honroso título de “café perfeito”. O produtor capixaba não demorou a perceber que o valor agregado representa ganhos de lucratividade, tornando o café ainda mais competitivo.
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Os avanços qualitativos fortalecem a imagem dos grãos produzidos na região, aperfeiçoando o conceito de terroir: um produto influenciado pelas condições do solo e do clima, com características peculiares em função disso, do sabor ao aroma.
São diferenciais importantes na nova cultura erguida em torno do café ao redor do mundo, com consumidores buscando experiências sensoriais distintas a cada gole. Assim como o vinho e a cerveja, o café está se consolidando como uma bebida para apreciadores, cada vez mais popularizada. E o Espírito Santo já está inserido nessa era da qualidade.
O café está arraigado à história capixaba, é o ouro negro do campo. Se até os anos 1960 houve mais dependência dessa riqueza, hoje a diversificação econômica no Estado é mais saudável. Mas o café mantém sua relevância, gerando ganho financeiro para mais de 400 mil pessoas no Estado e marcando presença em 70 municípios.
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A dinâmica da produção cafeeira continua em evolução, de acordo com as demandas do mercado, com o aprimoramento das técnicas de produção e processamento dos grãos. A qualidade se reflete no preço e na procura. Mas não só isso: estimula o conhecimento e a profissionalização, desenvolve uma cadeia produtiva que gera empregos em diferentes áreas. A evolução do café é um estimulante econômico, um mundo que se abre a pequenos e grandes produtores.
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