O Espírito Santo sempre esteve de peito aberto para o futuro, com sua gente corajosa e batalhadora, em busca de paz e prosperidade. É essa gente que acaba de delegar novamente ao senhor o governo deste Estado de incontáveis potenciais e, ao mesmo tempo, tantos desafios. Serão necessariamente mais quatro anos de ouvidos abertos para os anseios da população e visão direcionada aos interesses comuns.
O Espírito Santo caminha para frente. Vivemos um ciclo de desenvolvimento duradouro que não foi atingido por sorte ou acaso. Essa história é conhecida: se hoje o Espírito Santo tem na organização gerencial uma prioridade e um êxito, é porque lideranças de visão e boa vontade resolveram que era possível um choque de ordem que deixasse para trás um tempo marcado por desgoverno e desmandos. O Espírito Santo virou a página e cá estamos, depositando no senhor a redobrada confiança pela manutenção desse equilíbrio institucional.
Mas há muito mais a ser feito. A sociedade acompanha há algum tempo o sucesso das políticas públicas que conseguiram reduzir consideravelmente os números de homicídios, mas não deixa de se preocupar com as novas táticas de violência urbana, relacionadas às guerras entre facções do tráfico. A insegurança nas ruas, os crimes patrimoniais... o capixaba ainda sonha com cidades mais tranquilas, e essa deve ser uma das prioridades.
É inegável que houve uma boa gestão no enfrentamento da pandemia, uma das crises mais dramáticas atravessadas pelo Estado. Nela, a presença do governador se fez marcante, o que não encerra os desafios da saúde pública, que permanecem. O senhor precisa seguir com o olhar cuidadoso para as carências no setor, como a redução da fila das cirurgias eletivas, ampliando o acesso da população a serviços médicos de qualidade.
Também não pode faltar o zelo pela educação, cujas debilidades ficaram mais acentuadas durante a crise sanitária. O Estado precisa de avanços qualitativos na educação básica, algo primordial para a qualificação profissional e a competitividade, além de reduzir as seduções da criminalidade. Educação que cria oportunidades tira os jovens da vulnerabilidade social.
A reeleição, caro governador, é a continuidade de um acordo com os eleitores. Desta vez, este novo acordo veio suado, em um segundo turno. É preciso entender o significado desse recado das urnas. A sociedade capixaba espera que, como nas passagens anteriores pelo Palácio Anchieta, o senhor prossiga se portando como um estadista, com valores republicanos, governando para todos. Ciente dos problemas que precisam de solução - vale lembrar também nossos gargalos de infraestrutura (a BR 101 e a BR 262 precisam de encaminhamento) -, com empenho e dedicação ao cargo. O eleitor do Espírito Santo mostrou nas urnas que confia. O trabalho, a partir de agora, continua com o senhor.
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