A frase pronta diz que “acidentes acontecem”. Mas, no trânsito, a maioria dos eventos trágicos não é mera fatalidade inevitável, mas sim resultado de escolhas infelizes. E a mais fatal delas, a imprudência, fez mais uma vítima nesta quarta-feira (4), no Espírito Santo. Ramona Bergamine Toledo morreu, quando estava parada em um semáforo com sua moto.
A universitária foi atingida por um veículo que invadiu a contramão, na Av. Lindenberg, em Vila Velha. O motorista do Ford Ka que causou a colisão, que envolveu ainda um ônibus e outro carro, recusou-se a realizar o teste do bafômetro, de acordo com a Polícia Militar. Ele foi autuado por embriaguez ao volante.
A tragédia engrossa as estatísticas de violência no trânsito causadas pela insensatez, em um país em que mais de 90% dos acidentes estão ligados às atitudes dos condutores e, portanto, poderiam ser evitados. Em condição de maior vulnerabilidade nas ruas e estradas, os motociclistas são as maiores vítimas, somando oito em cada dez pessoas atendidas por acidentes no SUS. Casos de invalidez permanente cresceram 142% em dez anos.
O aumento constante da frota de veículos, que tem o déficit do transporte público nos grandes centros como uma das causas, acende um alerta. É preciso investimento de governos na estrutura de vias e em mobilidade. No entanto, milhões em verbas não serão capazes de mudar esse cenário enquanto motoristas, motociclistas e pedestres não assumirem seu protagonismo nessa luta. Educação é o caminho mais seguro.
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