"Iconha acabou", desabafou o prefeito do município do Sul de Estado diante da devastação causada pelo temporal que se abateu sobre a região entre a noite de sexta-feira (17) e a madrugada deste sábado (18). João Paganini anunciou que decretará estado de calamidade para acelerar a ajuda aos afetados, especialmente ao comércio da cidade, que teve perdas ainda inestimáveis.
A resposta do poder público às chuvas - que deixaram até o momento seis mortos, três em Iconha e três em Alfredo Chaves - tem sido atenciosa. O governador Renato Casagrande já esteve em Iconha, onde constatou in loco a destruição da cidade de pouco mais de 14 mil habitantes. "É um cenário de guerra", disse o chefe do Executivo estadual. Além do suporte emergencial aos desabrigados e da própria reconstrução urbana, o governador garantiu que serão oferecidas linhas de crédito para os empresários que perderam seus negócios com o temporal. Isso não pode demorar, é a economia do próprio município que está em questão. Sem falar na assistência aos que estão sem um teto. Iconha e outros municípios afetados exigirão total atenção.
O que se viu no Sul do Estado foi, mais uma vez, a força da natureza em seu estado incontrolável. O Rio Iconha subiu quatro metros em pouco tempo, e como não havia escape em seu leito, avançou sobre as áreas urbanas próximas. Resultado da falta de planejamento histórica das cidades ribeirinhas brasileiras, mas que pode ser mitigada com obras que deem vazão as águas. Tragédias assim podem ser evitadas com uma nova visão urbana.
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Com a força das redes sociais, voluntários já mobilizam doações, mostrando o valor da solidariedade diante de eventos tão trágicos. A esperança de um recomeço para Iconha resiste nesses gestos. E na atuação comprometida do poder público, em todas as suas esferas.
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