Com estratégias de vacinação, ES está cada vez mais protegido contra a Covid

Esta semana deve marcar o início da vacinação das pessoas acima de 18 anos em todos os municípios capixabas, o que na prática vai consolidar em breve a aplicação da D1 em toda a população apta a ser vacinada

Publicado em 17/08/2021 às 02h00
Vacina
Vacinas são a garantia de proteção contra a Covid-19. Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A vacinação é uma corrida contra o tempo nesta pandemia, sobretudo depois da confirmação de que já há transmissão comunitária da variante delta, a mutação mais contagiosa do novo coronavírus, no Espírito Santo. Enquanto epidemiologistas alertam que a cepa deve provocar uma nova onda no Brasil nas próximas semanas, chega a ser um alívio o anúncio do governador Renato Casagrande de que no próximo sábado (21) haverá um esforço concentrado para a ampliação da aplicação das primeiras e segundas doses no Estado. Um Dia D.

Tudo porque esta semana deve marcar o início da vacinação das pessoas acima de 18 anos em todos os municípios capixabas, o que na prática vai consolidar em breve a aplicação da D1 em todos os público-alvos da população apta a ser vacinada. Na Grande Vitória, a Capital Vila Velha já deram início aos agendamentos para os jovens. Nesse ritmo, ao final do mês de agosto espera-se que a primeira dose tenha chegado a todas as faixas etárias de jovens e adultos.

Uma cobertura vacinal ampla pode ser freio à disseminação das novas cepas. Os estudos sobre a eficácia das vacinas continuam sendo feitos, e muitos já divulgados apontam que existe proteção satisfatória contra o contágio, mas principalmente na prevenção de casos mais graves e mortes. No Estado, 96,68% dos óbitos foram de pessoas sem o esquema vacinal completo. Portanto, cada um tem papel fundamental nesse processo, ao se dispor a vacinar com os imunizantes disponíveis para assim reduzir a circulação do vírus e de suas variantes. E preservar a própria vida.

A morte de idosos já totalmente imunizados, como o caso do ator Tarcísio Meira, tem suscitado dúvidas e desinformação. Nenhuma vacina tem 100% de eficiência no mundo real, mas recusar a vacina sob essa justificativa é uma postura irracional. Os testes com os imunizantes desenvolvidos para combater a Covid-19 foram feitos com segurança, mas é com a aplicação efetiva na população que é possível observar o seu comportamento.

A discussão sobre a terceira dose ganha força, e as decisões sobre mudanças de protocolos precisam ser ágeis, mas bem embasadas. De uma coisa, contudo, não há dúvida: uma pessoa vacinada com as duas doses está mais protegida do que quem não recebeu nenhuma ou apenas uma. No Espírito Santo, 147 mil pessoas não tomaram o reforço dentro do prazo. Para que se arriscar?

O Espírito Santo foi protagonista de um estudo importante sobre o comportamento das vacinas, com a ciência sendo aplicada para confirmar ou não a segurança da aplicação de meia dose da Astrazeneca na população de Viana. Os primeiros resultados do uso da dose ajustada mostraram que 88,3% dos moradores produziram anticorpos. E nas cerca de 19 mil pessoas que participaram não houve registro de óbitos nos primeiros 28 dias. A aplicação da segunda meia dose apontará os resultados consolidados desse estudo inédito, de suma importância para o programa de vacinação em todo o mundo.

Com esses bons resultados, na vacinação ordinária e no caso especial de Viana, o Espírito Santo se mostra cada vez mais protegido e apto a realizar mudanças de protocolos, como a adoção da terceira dose, caso necessária. As vacinas, contudo, precisam continuar chegando em tempo hábil, o que é responsabilidade do governo federal.

A notícia do risco de escassez de Astrazeneca para a segunda dose ainda não afeta o Espírito Santo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, mas é preciso estar atento. O secretário de Saúde, Nésio Fernandes, admitiu a possibilidade de intercambialidade de vacinas (aplicação da primeira e segunda doses de imunizantes diferentes), já assegurada cientificamente, o que pode ser necessário para completar o esquema vacinal. Mantendo o ritmo da vacinação, o muro que começou a ser erguido em janeiro para separar a população do vírus torna-se mais sólido, permitindo que a vida aos poucos volte a ser próxima do que era antes.

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