A falta de determinação governamental para alcançar mais eficiência nas despesas públicas tem impactos diretos na vida da população brasileira. A cada ano que reformas e cortes de gastos são ignorados, o Brasil deixa de crescer de forma estruturada. E assim o país do futuro nunca se realiza. Todos perdem: alguns mais, outros menos.
E o que parece um tema distante, relegado aos palácios de Brasília, é o que faz os serviços de saúde não atenderem as necessidades de quem precisa de uma consulta médica, o ensino público não ser capaz de se atualizar para as novas demandas do mercado de trabalho, e as próprias oportunidades de emprego desaparecem do mapa. Tão longe, tão perto: o que se decide no andar de cima é bem mais sentido nos pavimentos mais baixos.
A desorganização fiscal é uma ferida que o governo, na figura do presidente Lula, quer curar somente à base de aumentos de receitas. Mais impostos não só para os cidadãos, mas uma tributação que também recai sobre o setor produtivo. Em um momento no qual nem mesmo a regulamentação da reforma tributária consegue avançar. Como gerar riquezas em um país tão confuso? Como criar empregos e oportunidades? Nossas mazelas sociais nascem dessas incertezas.
Nesta quinta-feira (13), foi noticiado que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) acelerou os trabalhos na discussão sobre a agenda de corte de gastos. Um dia depois de Lula sinalizar "a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público". O bom senso é o que deve prevalecer.
Enquanto em Brasília patinam as decisões sobre a busca do equilíbrio fiscal pautado pela eficiência do gasto público, aceleram-se as deficiências nos serviços à população na sua cidade, no seu bairro, na sua rua, na sua casa.
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