Não é difícil, embora haja desafios nas costuras políticas pelo caminho, que prefeitos e vereadores eleitos neste domingo (6) nos 78 municípios capixabas alcancem boas gestões e bons mandatos, se souberem fazer o básico: ouvir e reconhecer os anseios da população.
Nem todas as respostas estão na municipalidade, como é o caso da gestão da segurança pública. Certamente estamos diante de um dos problemas que mais afligem não somente os moradores dos municípios que compõem a Grande Vitória, uma vez que quem vive no interior está sentindo na pele o fluxo crescente da criminalidade. Contudo, o engajamento dos prefeitos com o governo estadual vai se mostrar cada vez mais uma necessidade. O problema não deixa de existir dando as costas para ele.
Os prefeitos também terão de encarar uma outra violência, que no primeiro semestre de 2024 tirou mais vidas do que os homicídios no Espírito Santo: as mortes no trânsito. Alguma resposta precisa ser dada ao excesso de infrações cometidas diariamente, nas ruas e avenidas. Mais fiscalização, com ações mais participativas das guardas municipais, são muito aguardadas. O que não dá é para continuar aceitando um trânsito tão caótico.
Vereadores vão legislar, prefeitos vão colocar para rodar. São essas duas figuras políticas que vão promover mudanças significativas para a mobilidade urbana, para a gestão de creches e escolas, para administração dos serviços de saúde prestados no município, para a manutenção de equipamentos públicos de cultura, lazer e esportes.
É tudo aquilo que está mais perto das pessoas, aquilo que melhora suas vidas. Precisam, como já foi dito, estar antenados com as suas carências para buscar as melhores soluções. Não se governa sem olhar para aqueles que o elegeram.
Para o bem e para o mal, prefeitos e vereadores não são super-heróis. Não podem tudo porque têm o aval popular, e isso vale principalmente para a gestão das contas públicas. Se não houver uma boa gestão dos recursos, o cobertor acabará sendo curto, porque se sobra para alguns, certamente falta para tantos outros. As cidades devem priorizar uma gestão eficiente, que consiga entregar os serviços à população sem sobrecarregar os gastos.
Cidades bem-organizadas são autoexplicativas: não é necessário nenhum esforço para justificá-las, elas exalam boa gestão em cada esquina. Cidades limpas, com trânsito organizado, investimentos em abundância que geram empregos, seguras, com educação de qualidade e saúde para todos. É esse cenário, que parece tirado de um filme com final feliz, que os prefeitos e vereadores eleitos neste domingo devem priorizar. É assim que podem fazer a diferença.
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