Desabamento no Centro de Vitória: explicação de prefeitura não é suficiente

O que mais chama atenção na justificativa de que houve uma intimação aos proprietários é a data em que ela ocorreu, em 2013. De lá para cá, nenhuma cobrança foi feita

Publicado em 16/01/2020 às 18h36
Atualizado em 16/01/2020 às 18h36
Área interditada após desabamento de prédio na Rua Sete. Crédito: Caique Verli
Área interditada após desabamento de prédio na Rua Sete. Crédito: Caique Verli

Sobre o sobrado que desabou na Rua Sete, no Centro, na madrugada de quarta-feira (15), a Prefeitura de Vitória garante que intimou o proprietário do imóvel, exigindo os reparos necessários para garantir a segurança do local. Ainda aplicou uma multa de R$ 622,59. O que mais chama atenção na explicação sobre as medidas tomadas pela administração municipal é a data em que elas ocorreram: 2013.

O que só confirma a inépcia da fiscalização municipal, em todos os sentidos: da suposta punição em si, que confirmou-se sem resultado com o desabamento do imóvel, e do próprio esclarecimento, um tanto estapafúrdio. É absurdo que o poder público faça uma notificação e simplesmente se esqueça dela por quase sete anos, sem cobrar o cumprimento das melhorias exigidas.

Os proprietários do imóvel tampouco podem ser poupados. O representante que falou em nome deles se limitou a dizer que o prédio não estava abandonado. Enquanto isso, vizinhos confirmam o abandono, e as próprias fotos divulgadas contribuem para uma percepção completamente diferente. O encarregado de responder pelos donos afirmou também que a construção teria passado por uma vistoria recente, o que foi negado pela própria prefeitura.

A negligência com a segurança da edificação, neste triste episódio da Rua Sete, tem pai e mãe bem definidos, como fica evidente com as explicações pouco convincentes das partes envolvidas.

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