Do Viaduto de Carapina à 3ª Ponte, a expectativa está perdendo para a realidade

O cronograma dessas importantes obras na Grande Vitória vem sendo alterado com tanta frequência que os novos prazos acabam sendo desacreditados

Publicado em 07/06/2023 às 01h00
Operários
Obras do viaduto de Carapina. Crédito: Secom/Governo do ES

Três importantes projetos de infraestrutura na Grande Vitória passam por um processo de expectativa x realidade quando o assunto é a conclusão das obras. Datas são marcadas, criando expectativas, até serem adiadas, voltando à dura realidade.  Isso porque  os avanços na mobilidade urbana proporcionados pelas inaugurações do Viaduto de Carapina, do aquaviário e da ampliação da Terceira Ponte são bastante aguardados pela população.

O cronograma dessas obras vem sendo alterado com tanta frequência que os novos prazos acabam sendo desacreditados.  Viram motivo de piada.  No caso do Viaduto de Carapina, as obras foram iniciadas há quase um ano, com um prazo inicial de entrega de menos seis meses. Desde então, foram mais dois adiamentos até chegar ao agendamento mais recente: 

Já no caso das obras na Terceira Ponte,  um projeto de R$ 127 milhões que inclui a ciclovia e as seis faixas para ampliar a capacidade da via, o cronograma ficou durante o ano de 2022 cravado para maio deste ano. Em fevereiro, a entrega  chegou a ser antecipada para março passado, o que não se confirmou. Voltou para maio, vai atravessar junho com a possibilidade de ser entregue em julho:

Já o aquaviário continua previsto para junho. Mas, como passou por sucessivas mudanças de cronograma e ainda não foi inaugurado,  merece ser mencionado:

Sobretudo nos casos do Viaduto de Carapina e da Terceira Ponte, quem passa pelos locais tem enfrentado os transtornos das obras, necessárias para melhorar o tráfego, mas que estão se prolongando mais do que deveriam. Vale reforçar que ambas nem estão no rol das mais demoradas já testemunhadas pelos capixabas —e isso é louvável. Mas é possível ser mais eficiente no cumprimento de prazos, com mais compromisso das empresas  que executam as obras e da gestão pública.

Não é novidade para ninguém que obras públicas entregues sem atraso no Brasil são exceção, nunca a regra. E, talvez por isso mesmo, o poder público devesse pelo menos produzir cronogramas mais condizentes com essa realidade, sem criar tantas expectativas. 

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