Educação no trânsito não pode sair de férias

É importante a reflexão: nesta temporada de recesso e férias, são familiares e amigos que viajam juntos. Quem se disponibiliza a dirigir precisa se lembrar disso o tempo todo, das vidas que estão sob sua responsabilidade

Publicado em 18/12/2024 às 22h00
O motorista contou aos agentes da Guarda Municipal de Vitória que estava indo trabalhar quando foi fechado por outro carro, perdeu o controle do veículo
O motorista contou aos agentes da Guarda Municipal de Vitória que estava indo trabalhar quando foi fechado por outro carro, perdeu o controle do veículo. Crédito: Álvaro Guaresqui/ TV Gazeta

As festas de fim de ano e a temporada de férias são sinônimo de mais veículos nas estradas e mais registros de acidentes, uma crônica que se repete ano a ano. É quando a impaciência pode ser fatal. E, principalmente, é um período no qual muitos condutores parecem ter esquecido a educação no trânsito em casa.

Não que a realidade do resto do ano seja muito diferente. Quem está no trânsito diariamente, nos deslocamentos das cidades e mesmo nas rodovias, sabe que está faltando civilidade. E isso é um sintoma da falta de educação: não somente o desconhecimento ou descumprimento das regras basilares de condução dos veículos, como o próprio comportamento ao volante. Ninguém parece querer ceder pelo outro.

Mas é importante a reflexão: nesta temporada de recesso e férias, são familiares e amigos que viajam juntos. Quem se disponibiliza a dirigir precisa se lembrar disso o tempo todo, das vidas que estão sob sua responsabilidade. Sem falar nos desconhecidos que também podem se vitimar em um acidente provocado pela imprudência, pela negligência ou pela imperícia. Estar ao volante é estar plenamente consciente de tudo isso.

A educação no trânsito ainda é tratada como um acessório nas escolas. É um apêndice de disciplinas consideradas mais importantes, quando se trata de um conhecimento que vale para a vida toda. Mesmo para quem não dirige: pedestres e ciclistas também fazem parte do trânsito e precisam conhecer seus direitos e deveres. 

Um motorista educado sabe que não pode nem deve ultrapassar os limites de velocidade, pois tem consciência de que essa decisão o coloca mais próximo de um acidente. Um motorista educado sabe que a faixa contínua nas estradas não é uma sugestão, mas um impedimento à ultrapassagem. Um motorista educado vai dar passagem  a outro veículo quando solicitado. Um motorista educado vai sinalizar ao fazer as conversões. Um motorista educado é uma verdadeira máquina de evitar acidentes.

Esse motorista educado não é difícil de se encontrar, ele existe e circula incólume pelas ruas. Mas o estrago causado pelos mal-educados é tão grande que eles acabam sendo ofuscados. E são esses que colocam vidas em perigo.

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