Enquanto o novo coronavírus mobiliza as autoridades de saúde de todo o planeta, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) já tendo declarado que os milhares de casos registrados na China e em mais de 20 países são uma emergência de saúde pública de interesse internacional, a cidade de Vitória está tendo que encarar também um desafio particular com o aumento inesperado de notificações de chikungunya neste verão. Na comparação com o período compreendido entre 1º e 23 de janeiro de 2019, o número de notificações foi 49 vezes maior neste ano.
O vírus da febre chikungunya, apesar de transmitido por um velho conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti, só começou a circular no Brasil nos últimos seis anos. A doenças tem sintomas parecidos com os da dengue – também com ocorrência elevada na Capital neste verão, com 874 casos suspeitos registrados em 16 dias de janeiro -, mas com um agravante: uma dor articular crônica que pode durar meses.
Os bairros campeões de registros de chikungunya fazem parte da Grande São Pedro: Nova Palestina, com 239 notificações, e São Pedro III, com 61 registros. Já São Pedro I e II acumulam, juntos, 61 casos. Há relatos de famílias inteiras com a doença.
Assim como no caso da dengue, a prevenção mais eficaz é impedir o ciclo de reprodução do mosquito Aedes aegypti. Como o verão tem sido chuvoso, o acúmulo de água parada se torna ainda mais comum.
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Assim como a Secretaria de Saúde do ES já anunciou um plano de ação com protocolos de atendimento no eventual surgimento de casos suspeitos de coronavírus no Estado, o poder público tem também responsabilidades no combate ao mosquito. É preciso fiscalizar e penalizar proprietários de terrenos e imóveis que não se comprometem com sua limpeza. E tão importante quanto a mobilização governamental contra o Aedes é o engajamento da própria população. A chikungunya pode não ser tão assustadora quanto o coronavírus, mas é também uma questão importante de saúde pública. Só que, literalmente, aqui no nosso quintal.
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