A notícia é excelente: a pesquisa Compara Brasil, da Aequus Consultoria, mostra que o Espírito Santo teve em 2023 a melhor relação entre receitas e despesas correntes do país. No Espírito Santo, o comprometimento de receita ficou em 82,5%, com a margem de poupança em 17,5%, a maior do Brasil, sendo que apenas dez estados tiveram o indicador acima dos 10%. A média nacional ficou em 7%.
Mas o que essa posição privilegiada no ranking nacional significa? Com um alto índice de poupança gerado a partir das receitas correntes, significa uma economia de recursos públicos que aumenta as margens fiscais e a própria capacidade de investimento. É uma segurança financeira, por exemplo, em caso de imprevistos, como o enfrentamento inesperado de uma pandemia. Ou para a execução de importantes obras de infraestrutura.
Mas, sobretudo, demonstra um rigor fiscal e uma capacidade de honrar compromissos, inclusive o pagamento de fornecedores e servidores.
A boa gestão fiscal gera segurança para quem investe e trabalha. Ela constrói um ambiente mais competitivo, sem instabilidades econômicas, com mais capacidade de gerar empregos e riquezas. E isso é um estímulo aos investimentos. A população também se beneficia do impacto dessa boa gestão na oferta de serviços públicos. Tudo melhora.
No país, o Espírito Santo é o único que, há 12 anos consecutivos, coleciona a Nota A na avaliação sobre a Capacidade de Pagamento dos Estados e Municípios (Capag) da Secretaria do Tesouro Nacional. Essa visão mais racional, do "quem poupa tem", é a construção de um importante legado para os capixabas. Quem viveu os tempos de descontrole de gastos, com um Estado que não se sustentava, sabe o quanto isso é importante.
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