A modernização e a expansão do setor portuário capixaba estão engatilhadas, com empreendimentos que em breve ganharão corpo. A capacidade de escoamento de cargas pelo Espírito Santo terá novas dimensões, e é por isso que o pleito capixaba dentro do processo de renovação antecipada da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) é fundamental para fechar essa conta: teremos mais portos e mais diversificação, esperando também um maior volume de cargas para obter mais produtividade.
É a Ferrovia Centro Atlântica, que liga o Espírito Santo ao Brasil Central, templo do agronegócio. A VLI Logística, atual concessionária da ferrovia que corta oito estados, busca a renovação do contrato por mais 30 anos com a proposta de investimentos que chegam a R$ 30 bilhões. O que preocupa o governo estadual e o setor produtivo capixaba é que, dentro desse planejamento da atual concessionária, a previsão de crescimento médio anual de cargas para os portos do Espírito Santo é de apenas 1,3%.
É justo que o Espírito Santo se sinta desprestigiado, principalmente quando a sua principal demanda, o contorno ferroviário da Serra do Tigre, pareça escanteada nas negociações. Na última terça-feira (29), o governo estadual apresentou um plano B à Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), com proposta de construção de um ramal rumo ao Norte/Noroeste de Minas, com agronegócio em expansão, e a construção de novos terminais de captação de cargas. O investimento é de R$ 2 bilhões, menor que a Serra do Tigre.
Essa nova sugestão foi costurada com a própria VLI e, segundo os estudos, a movimentação de cargas teria um aumento anual de 10 milhões de toneladas, sendo que atualmente o Corredor Leste da VLI, que utiliza os portos do Estado, movimenta aproximadamente 5 milhões de toneladas por ano.
É uma pactuação importante para o Espírito Santo, que precisa considerar sempre o que vai ser melhor para a economia capixaba, dentro das possibilidades realmente viáveis. A expansão do eixo logístico capixaba, ampliando as conexões com o restante do país, é o planejamento para um futuro não muito distante, em 2032, quando os incentivos fiscais sairão de cena, como determina a reforma tributária.
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