Há quase um mês, um carro foi usado como arma durante uma briga entre vizinhos em Cidade Continental, na Serra. Um crime que pode ser considerado de proximidade, um desafio para a segurança pública por sua imprevisibilidade. Ao mesmo tempo, é um crime que facilita a investigação. O que se espera é que seja solucionado rapidamente por um motivo óbvio: o criminoso é quase sempre uma pessoa conhecida da vítima.
É por essa razão que chama tanta atenção que o suspeito de atropelar deliberadamente as pessoas na rua, ação que foi flagrada por câmeras de segurança, permaneça impune. Francisco Carlos do Nascimento, de 63 anos, atropelado pelo carro, acabou morrendo em um hospital particular. Uma mulher também foi atingida, mas sobreviveu.
A reportagem de A Gazeta procurou a Polícia Civil na última terça-feira (26) para ter informações sobre o caso, quase um mês depois da ocorrência. Em nova resposta, a corporação informou que nenhum suspeito foi detido e que o caso segue sendo investigado. A reportagem perguntou se o suspeito foi identificado, se há algum mandado de prisão em aberto e se o motorista é considerado foragido, mas não houve detalhamento.
É o típico caso no qual as denúncias são valiosas. Pelas imagens, vizinhos podem ter uma noção de quem são os envolvidos e passar essas informações às autoridades por meio do Disque-Denúncia (180), de forma anônima. Mas é preciso também um esforço investigativo, com a polícia buscando possíveis testemunhas nas redondezas. O que não pode é, quase um mês depois, uma pessoa que provavelmente todos os que estavam na cena do crime sabem quem é continuar livre das implicações causadas por seus atos.
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