Inflação: estamos cansados de saber quem paga essa conta

Não há dúvidas de que aumento do custo de vida sacrifica mais quem tem menos: as famílias pobres e de classe média baixa

Publicado em 12/01/2025 às 22h00
Inflação
Inflação. Crédito: Pixabay

A inflação não é sentida no bolso da mesma forma por todas as pessoas, pelo simples fato de que o consumo é distinto, levando-se em consideração diferenças de renda e tamanho das famílias. O Índice Nacional de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, busca equalizar essas diferenças, com uma cesta de produtos que represente uma média nacional. 

Mas não há dúvidas de que aumento do custo de vida sacrifica mais quem tem menos: as famílias pobres e de classe média baixa. São elas que sentem o peso do comprometimento dos salários com alimentação e transporte, além de outros gastos essenciais.

Uma notícia positiva, mas que encontra um cenário complicado. Não é só a inflação de 2024, que ficou em 4,83%, acima do teto da meta, mas a perspectiva de que ela permaneça nesses patamares em 2025. O que pode corroer esse crescimento da renda, mesmo no contexto de emprego em alta por que passa o país.

Um dos principais fatores dessa pressão inflacionária é a alta do dólar, em consequência da falta de confiança de investidores diante da má condução da política fiscal no país. O Banco Central sinaliza novas altas na taxa de juros para conter a inflação, um remédio que também sai caro para a economia e, consequentemente, para o crescimento do país. Um círculo vicioso.

O aviso de que a inflação em alta deve atravessar também 2025 exige mudanças de rotas pelo goveno federal. Organizar as contas públicas e reduzir a dívida é o dever de casa para alcançar algum nível de estabilidade, independentemente das conjunturas econômicas que podem impactar o aumento de preços. 

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