Em maio de 2016, Vitória se espelhava nos grandes centros urbanos do mundo ao inaugurar as cinco primeiras estações de bicicletas compartilhadas. O Bike Vitória, desde então, faz parte da paisagem da cidade, seja para o lazer, seja para os deslocamentos diários.
A comprovação de que existe demanda para o aluguel de bicicletas está no próprio aplicativo: em horários de pico, como no início ou no fim da jornada de trabalho, costumam faltar bikes disponíveis em determinados locais. São aproximadamente 4 mil usuários cadastrados.
Em 2023, a cidade vai receber mais quatro estações, passando a contar com 38 no total, além de realizar a substituição de 250 bicicletas. Ao se espalharem pela cidade, os veículos se viabilizam como um meio de locomoção mais eficiente, até mesmo estimulando novos usuários.
Uma das principais reclamações é justamente a ausência de mais estações dentro dos bairros, facilitando a rotina de quem quer adotar a bicicleta como meio de transporte. Jardim da Penha, por exemplo, vai receber uma delas na Praça Regina Frigeri Furno. Não seria demais pedir que todas as praças do bairro passassem a ter bicicletas disponíveis. É assim que se ajuda a criar uma cultura mais sustentável de mobilidade.
Assim como a expansão da malha cicloviária é determinante para estimular o uso de bicicletas como transporte. A Prefeitura de Vitória, que na última década conseguiu expandir as ciclovias nos principais eixos viários da Capital, está no último trecho das obras da Av. Rio Branco. Promete para 2023 obras na Beira-Mar, prevê outras para a Grande São Pedro. Vitória se encaminha para conectar suas ciclovias, assim como a Grande Vitória deve necessariamente seguir o mesmo caminho.
O governo do Estado se programa para inaugurar em maio de 2023 a ciclovia da Terceira Ponte, que vai receber o nome "Ciclovia da Vida Detinha Son", em homenagem à cicloativista e educadora ambiental, figura importante na popularização da bicicleta no Espírito Santo. Trata-se de uma importante conexão entre a Ilha de Vitória e o continente, mas é preciso voltar o olhar também para outros trechos sem segurança para o ciclista, como a região da Ponte Florentino Avidos.
Também vale pensar em um serviço de bikes compartilhadas que integre a Grande Vitória, por que não? A empresa que prestava o serviço em Vila Velha anunciou o fim das operações para 23 de janeiro próximo, a prefeitura afirma que já abriu novo processo licitatório. Deixar de oferecer o serviço seria um atraso para a cidade.
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