Desde abril passado, quando foi encerrado o contrato com a empresa responsável pela operação dos radares no Espírito Santo, as rodovias estaduais ficaram sem a fiscalização eletrônica. O que gerou até uma situação inusitada: os radares foram cobertos com sacolas plásticas para que, ao serem retirados pelos funcionários da empresa, não fossem confundidos com aparelhos do cerco eletrônico.
Pois bem, o Departamento de Edificações e Rodovias do Espírito Santo (DER-ES) informou que os 162 equipamentos, que voltarão a fiscalizar a velocidade dos veículos nas estradas, já estão sendo reinstalados. Inclusive, na Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha, os radares já estão funcionando, mas ainda dependendo de ajustes e aferição para começarem a multar.
Esse controle é imprescindível para colocar ordem no trânsito, cada vez mais caótico. Motoristas e motociclistas podem reclamar, acreditar que por trás existe uma "indústria da multa" e tantos outros argumentos que só existem para justificar comportamentos ao volante que são definitivamente errados. Afinal, limite de velocidade não é uma sugestão que um condutor pode aceitar ou não, é uma obrigação. É lei. E quem infringe as determinações do Código de Trânsito Brasileiro está contra ela.
As rodovias não podem ficar tanto tempo sem esses equipamentos, porque eles são a forma mais eficiente de inibir o pé no acelerador. Só a certeza de que vai doer no bolso consegue demover minimamente um motorista dessa ideia.
E mais: não somente nas rodovias, os "pardais" deveriam estar disseminados nas ruas e avenidas da Grande Vitória, com apoio das municipalidades. O abuso de velocidade é testemunhado em todo canto. Carros passam voando, sem que haja qualquer tipo de ação inibidora. Mais radares espalhados seriam um choque de ordem, não só para flagrar altas velocidades, mas também quem avança o sinal vermelho.
Atravessar ruas e avenidas está cada vez mais perigoso: o sinal fecha, e com frequência um ou dois veículos avançam, impunemente, a qualquer hora do dia. Em muitas das vezes, são motociclistas, justamente aqueles mais vulneráveis em caso de acidente. Com algum tipo de punição mais ativa, esse mau comportamento no trânsito pode começar a ser contido.
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