Morte de PMs: temos que estar todos do mesmo lado da indignação

Estamos em período eleitoral, mas em momentos como este não há de se perder tempo com rivalidades triviais. Neste caso, estamos todos do mesmo lado: o da indignação diante da barbaridade audaciosa de quem deveria temer as leis

Publicado em 16/10/2022 às 17h07

A morte fria, covarde e cruel dos policiais militares Paulo Eduardo Oliveira Celini, 29, e Bruno Mayer, 30, durante o cumprimento do dever, coloca a problemática da Segurança Pública do Espírito Santo num patamar crítico. A polícia agiu rápido. Prendeu os assassinos, que agora seguirão o caminho da Justiça. Mas a afronta dos criminosos ao Estado representado pelos dois jovens soldados precisa ser enfrentada com muito rigor.

Bandidos não podem encontrar espaço para crescer, para se organizar, para liderar de dentro de presídios, para mandar recados às autoridades. Muito menos decidir quem vive e quem morre, determinar o bloqueio de vias ou controlar quem vai e quem vem.

Editorial
Soldados Paulo Eduardo Celin e Bruno Mayer foram mortos em serviço. Crédito: Wagnerbreciane_fotografia e Fotogrando Heróis / Montagem A Gazeta

Sentir-se acuado deve ser uma condição do criminoso, não do cidadão.

Além das ações sociais em lugares maltratados pela falta de oportunidades, faz-se urgente um combinado entre as instituições e a população contra o nível de criminalidade que se estabeleceu por aqui.

Estamos em período eleitoral, às vésperas do segundo turno. Mas em momentos como este não há de se perder tempo com disputa ou gastarmos energia com rivalidades triviais. Aliás, tudo se torna banal diante da brutalidade das vidas ceifadas de dois combatentes muito novos, cheios de expectativas, trabalhando na defesa das pessoas. Neste caso, estamos todos do mesmo lado. O da indignação diante da barbaridade audaciosa de quem deveria temer as leis e o poder do Estado.

Condições críticas como essa têm que nos levar a reflexões urgentes. Criminosos do tipo dos assassinos dos policiais precisam ser combatidos e submetidos a todos os recursos disponíveis na lei. Se esses recursos não forem suficientes, que a sociedade use o seu poder soberano e mude as leis.

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