Motoristas infratores não são os donos das ruas

Caso de  condutor que praticou infrações em série em ruas de Vitória, mas acabou detido, é exemplo de como a lei deve se impor no trânsito

Publicado em 04/09/2024 às 01h01
Trânsito
O motorista foi flagrado empurrando o veículo 4 km de distância do local do acidente. Crédito: Divulgação | Guarda Municipal de Vitória

Crimes de trânsito não são menos graves que outros, principalmente quando resultam em danos físicos e mortes. Vivemos uma verdadeira crise de autoridade, com regras elementares sendo desobedecidas o tempo todo, do desrespeito às sinalizações ao abuso de velocidade. E a escalada desse descontrole tem um resultado: mais mortos e feridos.

Os acidentes com morte se sucedem: só para ficar em alguns registros desta terça-feira (3), uma mulher de 47 anos foi atropelada no acostamento da Rodovia do Sol, em Itapemirim, Litoral Sul do Espírito Santo. Já no Norte, em Linhares, um bebê de um ano foi atropelado por um ônibus escolar. São casos que ainda precisam de apuração das circunstâncias, mas que reforçam como não há um dia de trégua.

E trégua é algo que não se pode dar a quem acha que pode fazer o que quiser no trânsito sem nenhuma consequência. No último sábado (31), um motorista praticou infrações em série em Vitória: envolveu-se em um acidente na Avenida Dante Michelini que deixou um casal ferido; depois, fugiu do local. Flagrado pelas câmeras da Central de Monitoramento, acabou detido em Gurigica, com sinais de embriaguez e a carteira de habilitação cassada:

O motorista agia como um verdadeiro dono da rua, dirigindo alcoolizado, sem habilitação e sem temer a lei. Mas acabou detido. Mesmo nos casos em que são liberados, é importante saber que motoristas desordeiros terão dor de cabeça com a Justiça.

Imprescindível é que as autoridades façam as leis de trânsito "pegarem". Em Vitória, as câmeras do cerco inteligente são uma ferramenta à mão para não dar brechas para a impunidade. Mas é sempre bom bater na mesma tecla: as ruas e avenidas das cidades precisam de equipamentos, como radares e pardais, para flagrar e multar quem não anda na linha. Fiscalização, humana ou tecnológica, é o que pode mudar o comportamento dos condutores.

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