Novo Pavilhão de Carapina: expectativas também vão aumentar

Obra da nova estrutura que vai funcionar como um centro de convenções na Serra deve exigir o dobro do investimento previsto, o que também faz aumentar a expectativa sobre o nível do empreendimento

Publicado em 11/02/2025 às 01h00
Perspectiva da área de eventos que será construída no local do Pavilhão de Carapina
Perspectiva da área de eventos que será construída no local do Pavilhão de Carapina. Crédito: Divulgação/Setur

O colunista Abdo Filho informou nesta semana que o valor da obra do novo Pavilhão de Carapina deve chegar a R$ 200 milhões. Em dezembro de 2023, quando o governo estadual decidiu fazer um centro de convenções, do zero, após o fracasso do leilão de concessão do espaço, esse aporte estava entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Em dezembro do ano passado, o valor já "passava dos R$ 100 milhões". Ou seja, é um valor que vem crescendo enquanto o projeto executivo não sai. 

A justificativa é a própria qualidade do empreendimento, que por ser multiúso e modular, para atender os mais diferentes eventos, é um projeto mais complexo e, por consequência, mais caro do que se previa. O espaço será totalmente climatizado, o que também encarece a obra, assim como os materiais utilizados, por exemplo, no projeto acústico. E é preciso ser realista: para um centro de convenções ser nacionalmente competitivo, necessariamente depende de uma estrutura moderna e diferenciada, com conforto para os usuários. 

Um espaço nesses termos, onde se encontra atualmente o Pavilhão de Carapina, já tem de antemão diferenciais que podem ajudar a garantir o seu sucesso: a localização é privilegiada, perto de aeroporto, com hotéis de qualidade a uma distância relativamente próxima. O investimento na estrutura será a cereja do bolo. Um espaço de alto nível pode impulsionar o turismo de eventos e negócios na Grande Vitória. Para especialistas, essa é uma etapa essencial  para induzir também o turismo de lazer.

O setor é a aposta do setor produtivo, governo estadual e prefeituras para aumentar a arrecadação quando os efeitos da reforma tributária começarem a ser sentidos no Estado, com o fim dos incentivos fiscais em 2032.

Contudo, os investimentos públicos precisam ser bem projetados para que os valores da obra não extrapolem ainda mais durante a execução, o que sabemos ser infelizmente mais a regra do que a exceção. No caso do Pavilhão de Carapina, o lado bom é que, quando a obra for entregue (a previsão é 2027), a operação do espaço ficará com a iniciativa privada após a realização de um leilão. Se tudo der certo, será um investimento com retorno para o Espírito Santo, em todos os sentidos: um centro de convenções, administrado por quem entende do negócio, que vai desenvolver o turismo e gerar empregos e riquezas.

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