O resultado da imprudência e falta de fiscalização no trânsito de Vitória

Quem trafega pela Capital é testemunha de abuso de velocidade, imprudência e descuido ao volante. Fica a sensação de que sempre se está na iminência de um acidente, como na manhã desta terça

Publicado em 29/03/2023 às 01h01
Acidente
Acidente deixa um homem ferido na Reta da Penha, em Vitória. Crédito: Fernando Madeira

Como um carro chega ao ponto de capotar em uma via urbana? 

A imagem de um capotamento é sempre impressionante. As circunstâncias podem ser diversas, mas um dos fatores determinantes para deixar um veículo "de cabeça para baixo" na pista é a alta velocidade, que provoca a perda de estabilidade, associada a uma manobra brusca. Em Vitória, não há via que permita o tráfego acima de 60 km/h, portanto, pela lógica, um acidente com essa dimensão quase sempre tem boas doses de imprudência.

Na manhã desta terça-feira (28),  ruas e avenidas de Vitória sentiram o impacto de um acidente grave que deixou um ferido e envolveu três carros e uma moto no cruzamento entre as avenidas Reta da Penha e a Desembargador Santos Neves. Um dos veículos sofreu um capotamento. O tráfego na região deu um nó, com retenções que atrasaram a chegada ao trabalho e aos compromissos cotidianos.

Mas as cenas de carros capotados na cidade não são incomuns. No início de março, um veículo de aplicativo virou na tarde de uma segunda-feira na Avenida Maruípe:

Carro de aplicativo capota após colisão na Avenida Maruípe, em Vitória
Carro de aplicativo capota após colisão na Avenida Maruípe, em Vitória. Crédito: Guarda Municipal de Vitória
Carro capotado após acidente no Parque Moscoso, em Vitória
Carro capotado após acidente no Parque Moscoso, em Vitória. Crédito: Foto do leitor

Se por sorte esses dois casos não trouxeram mais do que danos materiais, mas é um tipo de acidente com potencial para tirar vidas ou deixar sequelas físicas e emocionais. O que fica é um retrato da violência no trânsito. A humanização ainda um desafio para a sociedade.

Quem trafega pela Capital é testemunha de abuso de velocidade, imprudência e descuido ao volante. Fica a sensação de que sempre se está na iminência de um acidente, o que acaba eventualmente ocorrendo, como na manhã desta terça. 

A presença das autoridades de trânsito, como a guarda municipal, nas ruas precisa se fazer sentida, não somente para assegurar a segurança de veículos e pedestres, mas também para garantir a fluidez no trânsito, sobretudo onde há gargalos. E na Capital eles são bem conhecidos.

Vitória é uma cidade de porte médio, sem vias de alta velocidade, o que em tese faz da cidade um lugar no qual o trânsito pode ser mais bem controlado, com agentes de trânsito circulando por pontos estratégicos para reprimir infrações. Evidentemente, não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Mais do que multar veículos estacionados em local proibido, o poder público precisa buscar formas mais eficientes de se fazer presente e inibir a direção imprudente. 

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