Não demorou muito para que as comemorações da inauguração da Orla de Cariacica, um novo aparelho público importante para o lazer dos moradores e visitantes, fossem manchadas pela falta de senso de coletividade de alguns.
Na sexta-feira (12), A Gazeta noticiou que o bebedouro instalado no local havia sido danificado, em um ato de vandalismo, menos de 15 dias depois da inauguração.
É sempre o cidadão o maior prejudicado, duplamente: ao ver o dinheiro pago com os impostos ir para o ralo — além de gerar mais gastos com o reparo — e ao deixar de ter o serviço prestado, ou seja, ficar sem água disponível quando estiver aproveitando o novo espaço público.
Pode até parecer um episódio insignificante, mas a recorrência é o que dá peso a ele. Quem anda pelas ruas de qualquer cidade consegue flagrar, por exemplo, lixeiras arrancadas ou danificadas com muita frequência. Assim como outros tipos de danos ao patrimônio público. Quem paga o preço é sempre a população.
O Código Penal determina que vandalismo é crime, com pena de seis meses a três anos de prisão, mas não é algo fácil de ser flagrado.
Por isso mesmo, o mais importante é atingir a raiz do problema, o que só é possível com educação. É com ela que se faz a construção da cidadania, tijolo por tijolo, para que as pessoas tenham enraizada a noção de que o bem público tem um dono que precisa zelar por ele: a própria população.
É o próprio entendimento de tudo o que é "nosso": a praça, a academia popular, o brinquedo no parquinho, a quadra esportiva. E os próprios investimentos feitos pelo poder público. A Orla de Cariacica é uma obra de urbanização que melhora a qualidade de vida de muita gente. Vandalismo nunca é rebeldia, é apenas atentar contra quem mais precisa.
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